O delegado titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF), Marcelo Carvalho, enviou para o fórum a primeira parte do inquérito policial sobre o assassinato do tenente coronel da Polícia Militar, Helton Vagner Martins, 38 anos, ocorrido no último dia 8, no bairro Jardim Maringá 2. “Ainda faltam as perícias e alguns depoimentos. Por conta do prazo de dez dias, foi enviada a primeira parte e as informações complementares concluirão o inquérito sobre a morte do coronel”, explicou o delegado, ao Só Notícias.
Ronaldo Faleiro da Silva, 26 anos, acusado de dirigir a caminhonete Toyota Hilux preta, que deu apoio à ação, foi indiciado por associação criminosa e latrocínio. Três adolescentes, incluindo o suspeito de atirar em Helton, foram representados por atos infracionais análogos aos mesmos crimes. Dois irmãos e o pai de um dos adolescentes foram indiciados por porte ilegal de arma, uma vez que há suspeita de terem tentado esconder a pistola utilizada para matar o policial militar.
Conforme Só Notícias já informou, a esposa do tenente coronel prestou depoimento, na semana passada. Ela continua hospitalizada devido ferimentos dos tiros que levou e declarou que o oficial não reagiu ao assalto, tentou proteger os filhos quando os criminosos começaram a atirar após perceberem que Vagner era policial. Ao tentar defender o marido, acabou atingida por dois projéteis.
A versão apresentada pela esposa contraria o depoimento prestado pelos adolescentes de que o policial teria reagido e, por isso, os tiros foram disparados. Conforme o delegado, um adolescente relatou que foi ao quarto do casal e, sobre a cama, encontrou um boné da Polícia Militar gritando para os outros assaltantes: ‘é polícia’. Em seguida, tiveram início os disparos..
Os três adolescentes apreendidos e que invadiram a casa do tenente coronel estão recolhidos no Centro de Ressocialização, na avenida dos Tarumãs. Eles devem ser ouvidos, no dia 8 de setembro, pelo juiz responsável pela Vara da Infância e Juventude. O adulto preso está no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, e também deve ser ouvido por um juiz.
Helton chegou a ser socorrido com vida por uma viatura da PM, mas morreu no início da madrugada de domingo, no Hospital Regional. O corpo foi velado por algumas horas em Sinop e sepultado em Cuiabá.