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Delegacia Regional de Sinop também investiga duplo homicídio no Nortão

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Uma equipe de policiais, subordinada ao 11° Comando de Policiamento de Área (CPA) de Alta Floresta, além de outro grupo e um delegado da Polícia Judiciária Civil de Terra Nova e policiais federais estão desde o início desta manhã, na Gleba Gama, localizada no município de Nova Guarita. A delegada Regional de Sinop, Fátima Moggi também está na região e deve ir até a gleba nesta tarde. Ontem, dois acampados foram assassinados no local, quando iam para o trabalho.

De acordo com o tenente coronel Cilso de Oliveira, que comanda o 11° CPA, desde o mês passado, os policiais do núcleo policial de Nova Guarita estavam fazendo rondas motorizadas, de três a quatro vezes por semana, nos quatro acampamentos da região de Nova Guarita. A situação, até então, era tranqüila.

Os policiais que foram deslocados hoje para a gleba informaram, segundo o tenente coronel, que uma emboscada culminou na morte dos dois acampados. Ontem, uma equipe da criminalística, de Sinop esteve no local. O laudo deve ficar pronto em 15 dias. A delegacia de Peixoto de Azevedo será a responsável pelas investigações.

No mês de outubro desse ano, o fazendeiro Sebastião Neves de Almeida, conhecido como “Chapéu Preto”, foi baleado. O fazendeiro esteve na Secretaria de Justiça e Segurança Pública, em Cuiabá, onde foi recebido pelo coronel Carlos Estevão, secretário adjunto de Segurança Pública. A secretaria adjunta, através da comissão de conflitos fundiários, ouviu o depoimento do fazendeiro, e determinou a intensificação de operações policiais na região, além de dar conhecimento ao caso à diretoria da Polícia Judiciária Civil (PJC), ao Comando Geral da Polícia Militar e à Casa Civil do Estado, para que as providências necessárias pudessem ser tomadas.

Representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), e o assessor da Presidência da República, Ailson Machado, estiveram reunidos, no último dia 26 de outubro, com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira. Na oportunidade, eles denunciaram ao secretário que acampados e pessoas ligadas à CPT estavam sendo ameaçadas, por conta dos conflitos.

Em ofício encaminhado, no mesmo dia, ao comandante Geral da PM, coronel Leovaldo Salles, o secretário determinou que fosse garantida a segurança das pessoas ameaçadas, assim como o reforço policial na área. Célio Wilson, no entanto, ressalta que somente a resolução do problema fundiário dará fim ao conflito na região.

“As providências que são de competência do Governo do Estado estão sendo tomadas, mas o problema não é policial. É impossível manter um efetivo patrulhando toda a área de cerca de 16 mil hectares. O problema só será efetivamente resolvido quando o Incra e o Governo Federal solucionarem, de fato, a questão fundiária. Do contrário, o conflito tenderá a se agravar”, analisou o secretário de Justiça e Segurança Pública.

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