Os dois presos temporariamente durante a operação Tredo foram liberados hoje. A Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) continua as buscas a um dos envolvidos no esquema que está foragido deste a última quarta-feira (25). Seis mandados de prisão foram emitidos, cinco cumpridos sendo deste três de prisões preventivas.
A operação foi desencadeada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) com apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para combater fraudes no Sistema de Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
O inquérito deve ser concluída em até 60 dias e o delegado da Defaz, Anderson Veiga, não descarta novas prisões no decorrer das investigações.
O esquema beneficiou cerca de 3,5 mil pessoas e o rombo aos cofres públicos ultrapassa R$ 7 milhões. O secretário de Fazenda do Estado, Paulo Brustolin, garante que todos terão que pagar novamente o IPVA com correção de juros e multas.
Um funcionário contratado da Sefaz especialista em sistemas informatizados, mediante emprego de técnicas intrusivas avançadas, roubava as credenciais de acesso de outros funcionários públicos e utilizava para fazer alterações no sistema de IPVA e isentar proprietários de veículos automotores de pagar o tributo.
Em troca, o referido funcionário, juntamente com outras pessoas que o ajudavam a captar “clientes” na região metropolitana e no norte do Estado, cobravam 60% do valor do IPVA, sendo 40% repassado ao líder e o restante dividido entre os participantes.
O valor do imposto era superior a R$ 2 mil por se tratar de veículos como modelos Corola, Hilux e Civic, considerados de luxo.
Seis mandados de prisão foram expedidos, 4 de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão, cumpridos na última quarta-feira (25), resultaram na apreensão de 4 veículos de luxo, 4 notebooks, 1 aparelho de TV, agendas com anotações de placas de veículos, diversos documentos de veículos, HDs, malote com R$ 900 e celulares.
Tredo, cujo significado é falso, traidor, traiçoeiro, tem como foco o combate aos crimes de invasão de sistemas informatizados, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção passiva e ativa, além do crime de associação criminosa.