O juiz João Bosco Soares da Silva converteu a prisão em flagrante para preventiva do procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, acusado de matar Ney Muller Alves Pereira, a tiros, na quarta-feira à noite, no Bairro Boa Esperança, em Cuiabá.
O juiz determinou, ainda, que, devido ao fato de o investigado ser advogado, ele seja encaminhado para a Penitenciária Major Eldo de Sá Corrêa, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá), onde há estrutura adequada para recebê-lo.
O suspeito foi identificado após investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e se apresentou, ontem, na presença do seu advogado. Ele entregou a arma de fogo e uma Land Rover utilizada no momento do crime.
Conforme Só Notícias já informou, a vítima, que vivia em situação de rua, foi assassinada por volta das 21 horas na avenida Edgar Vieira. O autor do homicídio se aproximou e chamou a vítima. Quando Ney Muller se aproximou, foi atingido por um tiro. Após o disparo, o criminoso fugiu.
Segundo informações preliminares, o crime teria sido motivado pelo fato de a vítima ter danificado o carro do investigado.
O procurador foi afastado das funções. O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, garantiu que todas as medidas cabíveis serão tomadas em relação ao servidor efetivo. Vamos tomar todas as providências, não podemos aceitar isso. Vamos escutar, lógico, a versão dele, mas é uma vida que foi ceifada, uma vida que foi tirada, independente do que a pessoa fazia, onde ela estava. A Assembleia vai tomar todas as medidas, pois não podemos aceitar isso de um funcionário nosso e de ninguém. Posso garantir que todas as medidas serão tomadas”, disse.
Em nota, a Assembleia lamentou profundamente a morte de Ney e que “tomará todas as providências administrativas cabíveis em relação ao caso”.
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