Com dois assassinatos registrados nas últimas horas, na área metropolitana da Grande Cuiabá, a Polícia Civil contabiliza 377 assassinatos na capital e na cidade de Várzea Grande. Já são 52 a mais do que o ano passado, que fechou com 325. Como faltam três dias, ainda é possível igualar ao recorde de 2001, que terminou com 384 execuções.
De qualquer forma, 2011 será marcado como aquele que registrou mais de uma execução por dia, nas duas maiores cidades de Mato Grosso.
Para se ter uma idéia, o ano de 2003 fechou com 297 assassinatos e, no ano seguinte, foram 306 execuções. De lá para cá, foram um pouco mais de 300 assassinatos, tendo uma elevação no ano passado, com 325.
Esses números, comparados com este ano, representam mais de 70 pessoas mortas a tiros, facadas ou pauladas.
O número de homicídios no mês de dezembro também é elevado. São 25 em 26 dias, sendo 17 em Cuiabá e oito em Várzea Grande – quase uma média de uma execução diária.
Dos oito, metade ocorrereu na região do Cristo Rei, na Cidade Industrial, e foi motivada por acerto de contas ou envolvimento das vítimas com entorpecentes.
Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informaram que não existe uma explicação plausível, mas as estatísticas apontam para o tráfico de drogas como principal motivo de uma matança desenfreada.
"Nesse universo de quase 400 assassinatos, o número de casos de repercussão foram poucos. Temos casos de nomes e números. Os números são os anônimos e sempre a motivação é o tráfico ou uso de drogas", observou um policial.