A Polícia Civil concluiu hoje o inquérito policial que apurou a morte do vendedor Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz, 31 anos, após ser espancado por seguranças do Goiabeira Shopping, no dia 29 de agosto. A vítima morreu no dia 1ª de setembro, de traumatismo craniano, provocado pelas agressões. As investigações apontaram os seguranças Jefferson Luiz Lima Medeiros, Ednaldo Rodrigues Belo, Valdenor de Moraes e Jorge Dourado Nery como responsáveis pela morte do vendedor. Os quatro foram presos no início do mês de setembro, por mandado de prisão temporária e tiveram agora pedido de prisão preventiva representado. Eles estão indiciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e sem chance de defesa à vítima), furto qualificado (em razão do concurso de pessoas) e calúnia. “Cada um vai responder na Justiça pelo grau de participação no crime”, disse a delegada Ana Cristina Feldner.
A delegada apresentou a imprensa o passo a passo das investigações. “Já está comprovada toda a materialidade e autoria. Esse não foi um trabalho individual e sim de toda a equipe. O inquérito está embasado em provas testemunhas e também documentais”, disse. Ela mostrou os passos de Reginaldo Donnan dos Santos Queiroz, desde o minuto em que ele entrou no shopping, a primeira saída, quando entrou novamente, até o momento que foi colocado em um contêiner de lixo e colocado pelos segurança na viatura policial. Fedner apresentou ainda imagens da vítima, gravados pelo celular de um dos seguranças, entrando no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá.
Também foi disponibilizado o organograma da investigação representado por um árvore com relatos de mais de 30 testemunhas, trechos de declarações, as perícias e os indiciados. Para compor a dinâmica da caso, foi mostrado uma simulação das principais situações vividas pela vítima no dia 29 de agosto.
A delegada destacou a colaboração de testemunhas, lojistas e pessoas da limpeza do shopping e ainda o trabalho realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), por meio das perícias que somam mais de 50 laudas. Os autos do inquérito relatado, de três volumes e mais de 800 páginas, será enviado ainda hoje ao fórum da capital. Mais de 50 pessoas foram ouvidas.
O diretor geral da Polícia Civil, José Lindomar Costa, disse que a parte da Polícia Judiciária Civil foi concluída. “Nossa parte é apurar a verdade dos fatos, comprovar a autoria e a materialidade, dando uma resposta satisfatória à sociedade”, afirmou.