A Polícia Federal acaba de informar que cumpriu, hoje, nove mandados de buscas e apreensões em empresas investigadas na Operação Ararath por lavagem de dinheiro e suspeitas de outros crimes. As buscas foram em Cuiabá.
Foram apreendidos diversos documentos, notebooks e outras mídias. O material apreendido será analisado e as investigações prosseguirão sob segredo de justiça.
Foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região sete mandados de buscas. Uma das empresas investigadas integra consórcio que fiscaliza as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá e Várzea Grande. A empresa foi contratada no início deste ano pelo governo do Estado. A sede dela fica na avenida do CPA. Policiais ficaram no local por mais de 3 horas, levando documentos e computadores.
Esta foi a terceira fase da operação. No dia 25 de novembro, durante a segunda fase, os agentes cumpriram outros 7 mandados, contra um advogado, um empresário, o juiz federal Julier Sebastião da Silva. Também é investigado o então presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Gian Castrillon, que pediu demissão após o episódio, e teve cerca de R$ 250 mil apreendidos em seu apartamento.
A operação começou no dia 12, em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Mutum com cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão. Na oportunidade, os policiais apreenderam R$ 325 mil em dinheiro em duas residências (na capital). Em um dos locais, os policiais encontraram R$ 50 mil e no outro R$ 275 mil.
Conforme Só Notícias já informou, a operação tem como objetivo desarticular uma quadrilha especializada neste tipo de crimes. Segundo investigações da PF, nos últimos seis anos, os acusados movimentaram mais de R$ 500 milhões. O grupo investigado usava empresas de factoring como fachada para conceder empréstimos, cobrando juros, para diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado.