Os irmãos Fábio e Dalmi Defanti, sócios-proprietários da Gráfica Print, se apresentaram à polícia, esta manhã, na capital. Eles são suspeitos de um possível envolvimento no esquema de fraude a processo licitatório de serviços gráficos desmantelado, ontem, durante a operação Edição Extra, da Polícia Civil.
Os empresários, que devem ser ouvidos ainda hoje, negam que tenham fugido. Eles alegaram que estavam viajando pelo interior do Estado a trabalho.
Ao menos 11 empresas são investigadas no esquema de fraude a processo licitatório de serviços gráficos. O prejuízo apurado já ultrapassa R$ 40 milhões e a Delegacia Fazendária, que conduz o caso, acredita ser possível que desvios tenham ocorrido em outras licitações.
Conforme o delegado Carlos Fernando Cunha, os secretários adjuntos Elpídio Espiezzi Junior (da Secretaria de Estado de Comunicação) e Jose de Jesus Nunes Cordeiro (Secretaria de Estado de Administração) foram os responsáveis pelo processo fraudado pelas gráficas. “Os dois foram coniventes com estes desvios ocorridos, repito, apenas em um contrato”. Eles foram presos e seguem à disposição da Justiça.
As gráficas envolvidas teriam fraudado o pregão 0299.583/2011/SAD, alvo principal da investigação. Eles lotearam a licitação, combinando preço e se articulavam para excluir empresas que não faziam parte do esquema e que, por ventura, participariam da licitação.
Além da fraude, as empresas entregavam materiais em quantidade inferior ao contratado, dividindo com agentes públicos o dinheiro pago a mais pelos serviços.