Uma ação da Delegacia Especializada do Meio Ambiente resultou na apreensão de 45 quilos de minhocuçu, esta manhã, em quatro pontos de comercialização do animal silvestre, ao longo da Rodovia Palmiro Paes de Barros. A operação, iniciada nas primeiras horas desta manhã, fiscalizou oito locais com mandados de busca e apreensão como chácaras, comércios e barracas, já conhecidos de pescadores que utilizam a minhoca gigante para pesca.
Quatro pessoas foram encaminhadas à delegacia e responderão por crime ambiental, já que este tipo de minhoca é considerada animal silvestre. Os suspeitos compravam o quilo do minhocuçu ao valor de R$ 30 a R$ 40 e revendiam por até R$ 80. "Estamos buscando combater o comércio, as pessoas que alimentam e comprar para revender esse animal", declarou o delegado adjunto da Dema, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira.
O delegado disse que há várias queixas de donos de propriedades que tiveram suas terras devastadas por caçadores dos minhocuçu. "Eles destroem o solo para catar a minhoca, deixando grande prejuízo aos donos de chácaras na região", completou.
Os animais apreendidos foram encaminhados à Superintendência de Biodiversidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Minhocuçu – é um tipo de oligoqueto (minhoca gigante) que pode chegar a mais de 60 cm de comprimento e diâmetro de até 1,5 cm. Apesar do tamanho, fica bem próxima da superfície, logo abaixo das raízes das gramíneas. É importante para o solo porque produz grande volume de húmus. Geralmente preta, mas às vezes pode ficar um pouco vermelha.