A Delegacia Fazendária já iniciou interrogatórios de fornecedores e representantes de empresas que participaram de licitações suspeitas na Câmara Municipal de Cuiabá durante a gestão do ex-presidente Lutero Ponce (PMDB), ou seja, 2007 e 2008. De acordo com os delegados que compõem a força tarefa designada pela Delegacia Fazendária, os nomes não podem ser divulgados para não atrapalhar as investigações, mas a estratégia é ouvir primeiramente os representantes de empresas para só depois partir para oitiva do vereador Lutero e seus assessores.
A oitiva de pessoas é a segunda fase das investigações da Delegacia Fazendária que começou a investigar a gestão de Lutero após o peemedebista ser acusado pelo atual presidente, Deucimar Silva (PP), de provocar um rombo de R$ 3 milhões nas contas públicas somente no ano de 2008.
Na primeira fase das investigações, os delegados fazendárias se dedicaram à análise de 71 caixas com documentos referentes à compras, licitações e estoque da gestão de Lutero, que assumiu o cargo de presidente após Chica Nunes (PSDB) ser acusada de desviar R$ 6,6 milhões dos cofres através de uma gestão temerária que também teria contado com fraudes em licitações e direcionamento de escolhas. Lutero e Chica já foram denunciados formalmente pelo escândalo.