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Cuiabá: armas artesanais não tinham sangue de agente assassinado

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Nenhuma das duas armas artesanais, conhecidas como "chuços", apreendidas na Penitenciária Central do Estado (PCE) após a morte do agente Wesley da Silva Santos, 24 anos, continha qualquer vestígio de sangue. A informação consta em novo laudo realizado pela Politec, braço científico da Polícia Civil. O resultado faz parte do inquérito, a cargo da delegada Anaíde de Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura as circunstâncias da morte do agente e do preso Uenes Brito, 22, após tentativa de motim na PCE em 20 de junho.

A delegada adota a cautela em afirmar que a ausência de sangue indique que o agente tenha, na verdade, sido vítima de disparo de arma de fogo, uma espingarda calibre 12, usada pela guarda de contenção, conforme aponta o atestado de óbito de Santos. Para ela, o agente pode ter morrido por um golpe de "chuço", que não foi apresentado no momento da ocorrência.

A tese é embasada em laudo, emitido no dia seguinte, pelo Instituto Médico Legal (IML).Para concluir a investigação, faltam outros documentos como laudos das armas usadas pelos militares na ação. Imagens do circuito interno da PCE, com cenas do momento da morte do agente também fazem parte do inquérito policial. Anaíde revela que restam ainda cerca de 40 pessoas a serem ouvidas, entre elas os PMs.

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