PUBLICIDADE

Cuiabá: acusado de matar jovem enforcada é solto

PUBLICIDADE

Principal suspeito de ter assassinado a jovem Juliene Anunciação Gonçalves, 22 anos, asfixiada e pendurado seu corpo nu amarrado com a própria calça e suspenso no corrimão da arquibancada no Miniestádio do Botafogo, localizado CPA 2, o vendedor A.R.S, 25 anos, ganhou liberdade na última sexta-feira (22). A liberdade provisória foi concedida pela juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago ao atender um pedido do Ministério Público Estadual (MPE) formulado pela defesa do acusado. O motivo, é que até o momento não existe nenhuma prova técnica que incrimine o acusado. "O inquérito foi enviado para o fórum cheio de indícios e nenhuma prova técnica", reconhece a delegada do caso, Anaíde de Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A.R.S estava preso desde 29 de maio na Penitenciária Central de Cuiabá (PCE) e foi solto para responder pelo crime em liberdade. Contudo, ele não pode deixar sua residência após às 23h e nem mudar de endereço sem comunicar o Judiciário. As determinações da magistrada também obrigam o suspeito obedecer as eventuais intimações feitas pela Polícia Civil que investiva o crime.

Delegada Anaíde de Barros explica que achou absolutamente normal a soltura do acusado e frisa que não existe essa coisa de "a Polícia prende a Justiça solta". Ela explica que as provas necessárias para anexar ao inquérito demandam tempo de no mínimo 1 mês. Mas a juíza não aceitou converter a prisão preventiva de 10 dias para temporária (30 dias).

"Em 10 dias era impossível apresentarmos provas concretas. São muitos laudos que demandam tempo. Até o momento nem o laudo de necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) está pronto", informa a delegada enfatizando que também aguarda resultados de outros exames, entre eles, o que deve confirmar se a vítima sofreu ou não violência sexual antes de ser morta e dos materiais apreendidos no carro do suspeito, como um fio de energia semelhante ao usado para asfixiar jovem "Sem essas provas técnicas realmente não tinha como deixar o acusado preso. Até o momento existem indícios de sua autoria, mas nenhuma prova técnica", frisa a delegada.

Advogado de defesa do acusado, Flávio Alexandre Bertin informou ao GD que diante de um inquérito sem provas concretas contra seu cliente, formulou um pedido de soltura ao Ministério Público Estadual relatando o fato. "A delegada não cumpriu as diligências e perícias necessárias nos materiais apreendidos com meu cliente para comprovar que teria sido ele o autor do crime" afirma Bertin. A magistrada então acolheu o pedido do Ministério Público e determinou a soltura do vendedor.

Entenda o caso

O corpo da vendedora Juliene Anunciação Gonçalves foi localizado nu amarrado pelo pescoço pela calça da vítima e pendurado no corrimão da arquibancada no Miniestádio do Botafogo, localizado CPA 2. Acredita-se que o assassino tentou simular um suicídio, tese descartada logo no início pela Polícia Civil. As investigações apontaram A.R.S como sendo a última pessoa que esteve com a jovem na noite anterior após conhecê-la em um pagode da região.

Em depoimento ele admitiu que deu carona à vítima, mas negou que tivesse a matado. Porém, o celular da jovem foi localizado dentro do carro do suspeito bem como pedaços de fio de eletricidade semelhante ao utilizado para asfixiar a vítima. Então a delegada Anaíde de Barros solicitou a prisão preventiva do acusado que foi deferida pela Justiça.

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE