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Corregedoria apura conduta de militares presos por negociar entrada de celulares em presídio em MT

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Polícia Militar informa que equipes da Corregedoria participaram das diligências e do cumprimento das medidas judiciais durante a operação deflagrada pelo GCCO, hoje de manhã, na qual três policiais militares foram presos. “Oficiais corregedores acompanharam pessoalmente a operação e já obtiveram cópia do inquérito instaurado pela Polícia Civil”.

De acordo com a assessoria de imprensa da PM, toda documentação reunida no inquérito passará por análise da Corregedoria para que a instituição possa proceder a instauração do devido procedimento legal, tudo garantindo as prerrogativas e direitos à ampla defesa dos policiais.

Além dos três militares, a Polícia Civil cumpriu, hoje na manhã, outros 4 mandados prisão e 8 ordens de busca e apreensão, na operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.

Os mandados de prisão foram decretados contra o diretor e sub-diretor da Penitenciária Central do Estado, localizada em Cuiabá, dos três militares, sendo um oficial de carreira e dois internos. As 15 ordens judiciais são pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via GAECO.

No último dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado, foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido.  Todo o  material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos. Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico. Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados.

No mesmo dia, a polícia determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramento da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). “Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares”, apontou a Polícia Civil, por meio da assessoria.

Durante entrevista coletiva nesta manhã, na sede da Diretoria Geral da Polícia Civil, em Cuiabá, o delegado Frederico Murta disse que a prisão dos servidores não é algo que deixa a unidade feliz, mas necessário pelo cumprimento do dever. “Temos colegas extremamente competentes. A Polícia Militar e o Sistema Penitenciário são grandes parceiros e estão conosco no combate à criminalidade, mas devido essa situação grave tivemos que tomar uma atitude rápida e eficaz. Isso da mesma forma que temos que enaltecer aqueles que fazem um bom trabalho, não podemos admitir que atitudes como essa sejam omitidas ou deixem de tomar as providências devidas”, disse.

“Trata-se de uma investigação séria que vem desde o início do ano, com acompanhamentos permanentes contra facções criminosas e acabamos nos deparando com essa situação envolvendo servidores públicos. Tivemos a infelicidade de nos depararmos com servidores nesse ato ilícito. Não foi com nenhuma satisfação que descobrimos isso e desencadeamos essa operação”, completou o delegado titular da GCCO, Flávio Stringueta.

Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado.

Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que nomesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. “Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.

No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.

Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, foram cumpridas cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da Penitenciária Central do Estado.

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