O Setor de Desaparecidos da Polícia Judiciária Civil possui uma importante ferramenta de auxilio às investigações, que pode contribuir na agilidade das elucidações de ocorrências policiais. O retrato falado é o método identificar um suspeito através do desenho de traços e características físicas do criminoso, descritos pelas vítimas.
O retrato falado nasce da descrição física do acusado feita pela vítima ou testemunha, que utilizando o programa de representação facial humana junto ao desenho manual com grafite, possibilita à identificação do suspeito.
O desenho é elaborado manualmente pelo investigador de polícia, Auri Vieira do Nascimento, no setor de Desaparecidos da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). Desde 2008, Auri disponibiliza a sua habilidade artística a serviço da polícia, criando os retratos falados com objetivo de aprimorar as investigações policiais.
Conforme o policial civil, cerca de 70 retratos falados já foram desenhados por ele, auxiliando na solução de mais de 40 casos, investigados pela Polícia. “O processo pode demorar um pouco, pois é preciso sensibilidade para tirar detalhes da vítima, que levam a construção do rosto do suspeito”, disse o investigador.
“O trabalho é delicado porque remete a pessoa a lembranças dolorosas. Converso sempre com a vítima para mostrar que o desenho é dela, e eu sou apenas um instrumento”, completou o policial.
A atribuição para a elaboração do retrato falado é da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), por meio do datiloscopista, porém a Polícia Judiciária Civil contribui no serviço de confecção do retrato falado.
O Setor de Desaparecidos está instalado na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa, localizada na avenida Tenente Coronel Escolástico, no centro de Cuiabá. O telefone é o (65) 3901-4823.