O homem, de 33 anos, autor do latrocínio da empresária Rosemeire Soares Perin, de 52 anos foi condenado pela Justiça a 24 anos e seis meses de reclusão em regime fechado. O inquérito da Polícia Civil conduzido pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, indiciou pelos crimes de roubo seguido de morte e ocultação de cadáver.
O outro envolvido, de 29 anos, foi indiciado nos crimes de ocultação de cadáver, resistência à prisão e tráfico de drogas. Ele foi condenado a cumprir pena em regime aberto e ao pagamento de multas. As sentenças são do juízo da 4a Vara Criminal de Várzea Grande.
Rosemeire Perin desapareceu no dia 16 de fevereiro deste ano, após sair de sua casa no bairro Fábio, em Cuiabá, para entregar mercadorias em Várzea Grande. O corpo dela foi localizado dois dias depois na estrada da Guarita, enrolado em lençóis e numa lona plástica. Responsável pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, o delegado Fausto Freitas informou que a equipe da delegacia trabalhou a partir do registro da ocorrência de desaparecimento da empresária para esclarecer o que ocorreu com a vítima desde que ela saiu de casa para trabalhar, em seu veículo, um HB20, do bairro Fábio, e não deu mais notícias aos familiares.
A equipe ouviu familiares e levantou informações e dois dias após o desaparecimento da vítima, a polícia recebeu informação de que o corpo da empresária foi encontrado próximo a um barranco, na estrada da Guarita, em Várzea Grande.
Rosemeire trabalhava há mais de 10 anos com a venda de produtos e embalagens para festas, máquina de sorvetes e outros equipamentos do ramo. No dia do crime, foi até Várzea Grande para entregar produtos que o autor do crime havia adquirido e também cobrar uma dívida.
A vítima já tinha uma relação de comerciante e cliente com o suspeito, cuja família trabalhava há dez anos com a venda de sorvetes. Em março do ano passado, o suspeito comprou uma máquina de sorvete da vítima, no valor de R$ 7 mil, que posteriormente apresentou problema e precisou passar por manutenção, que ela mesma realizou. Do valor da manutenção da máquina, com a qual vendia sorvete em um supermercado, ele ficou devendo uma parte, e depois comprou mais um equipamento, um batedor de milk shake, e embalagens.
O homem de 33 anos deu um golpe que deixou Rosemeire desacordada. Depois, ele a amarrou a vítima com fita adesiva e a amordaçou. Passado um tempo, ela despertou e, segundo o suspeito declarou, ele pegou uma faca de cozinha e golpeou o pescoço da vítima. Depois de cometer o crime dentro do quarto, conforme apontou levantamento da Perícia Oficial, o suspeito procurou um parente e pediu ajuda, mas não conseguiu.
O autor confesso do crime procurou então a ajuda de outra pessoa, com quem já havia trabalhado em um lava-jato, para ocultar o corpo de Rosemeire. Por volta das 22h do dia 16 de fevereiro, eles voltaram à quitinete, enrolaram o corpo em um lençol, uma lona e um edredom, e depois seguiram até a região da estrada da Guarita, onde jogaram o cadáver em um barranco.
O segundo suspeito, que deu apoio para o transporte e ocultação do corpo, foi detido ainda na quinta-feira, também por uma equipe da Rotam. Na delegacia, ele negou que tivesse cometido o crime, inclusive o tráfico de drogas pelo qual foi detido também em flagrante, e que não teve nenhuma participação na ocultação do corpo de Rosemeire.