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Comandante defende policiais presos em MT na Operação Simulacrum e aponta “inversão de valores”

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José de Assis, saiu em defesa da corporação e dos policiais militares que, hoje, foram presos e investigados na “Operação Simulacrum”. “O que estão fazendo com os nossos policiais é um absurdo. Eles estão sendo acusados de execuções, quando atuavam em defesa da sociedade e da própria vida”, afirmou. “Os 24 casos de homicídios, que culminaram com essa operação, foram registrados em boletins de ocorrência e em eventos totalmente distintos, eram objetos de apuração em inquéritos policiais militares sob o controle do Poder Judiciário e Ministério Público. Os nossos policiais e oficiais estavam no combate, em defesa da sociedade. Agora, quem protegeu, resguardou o cidadão de bem, é taxado como bandido. Isso é uma inversão de valores que não vamos permitir que aconteça”, criticou.

As prisões foram requeridas pela Polícia Civil e Ministério Público e autorizadas pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. “Cada caso deve ser investigado em separado. Agora juntaram todo mundo, como se fosse uma grande quadrilha. São homens que colocam todos os dias a própria vida para defender a sociedade. Que estão frente a frente com bandido. Que saem de casa e não sabem se irão voltar porque tem como único objetivo proteger o cidadão”. “Defendo instituição, meus homens e suas prerrogativas e o direito a ampla defesa e o contraditório, ninguém pode ser considerado culpado antes de uma sentença condenatória definitiva”, acrescentou o comandante geral.

“Ações como essa só fortalecem a criminalidade. Quem vai querer ser um policial militar de ponta? Quem vai querer ir para a rua proteger a sociedade de uma ameaça real? Quem irá para um confronto ou entrar na mata para capturar criminosos, se não tem a certeza que o sistema está ao lado dele? Quem terá a coragem de proteger o cidadão quando este estiver ameaçado por um bandido armado?”, questionou o coronel.

Ele avaliou que essa operação, da forma como foi feita, só prejudica a corporação “pois transforma policiais em bandidos”. “Não defendemos ilegalidade, não defendemos nada que vá contra as leis e nossos regimentos. Mas, não podemos permitir que a imagem dos nossos homens seja jogada na lama. Eles estavam no exercício da função. Policial tem família e nenhum sai de casa para matar ninguém. Nem entra na viatura e diz ‘hoje vou matar um bandido’ porque vai passar boa parte de sua carreira respondendo na justiça. Força letal só é usada para defender o cidadão ou a própria vida”, expôs.

Ele ainda afirmou que desde o início da operação a Polícia Militar através da Corregedoria e dos Comandos Regionais envolvidos estão acompanhando todas as conduções e oitivas. “Além disso, as associações ASSOADE, ACS disponibilizaram equipes jurídicas para acompanhar os nossos policiais militares e que eles não estão sozinhos” e  conclamou “que essa mesma sociedade continue confiando na Polícia Militar, afinal são 187 anos defendendo a sociedade mato-grossense”.

Os deputados estaduais João Batista (PP) e Elizeu Nascimento (União) também defenderam, esta tarde, os policiais militares presos na Operação Simulacrum.

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