O tenente-coronel e comandante do 15º Comando Regional da Polícia Militar de Peixoto de Azevedo, James Jacio Ferreira confirmou, em entrevista, ao Só Notícias, que já determinou afastamento de um dos policiais suspeito de participação na execução do empresário Gilberto de Oliveira Couto, de 46 anos, atingido por mais de quatro tiros nas costas e na cabeça, no final do mês de maio, na frente de uma casa, localizada na rua Salvador, no bairro Jardim Vitória, em Guarantã do Norte (233 quilômetros de Sinop).
“Recebi um ofício (da Polícia Civil) solicitando apresentação de um policial para oitiva. Nesta quinta-feira, recebi um retorno que foi interrogado num procedimento criminal em Guarantã do Norte. Com a minha equipe de inteligência fiz um contato com a Polícia Civil e foi relacionado ao caso. Decidi de início, afastar esse policial das atividades operacionais. Vou deixa-lo na atividade administrativa. A Agência Regional de Inteligência vai nos fazer um relatório com aquilo que a Polícia Civil puder nos disponibilizar porque jamais interferiremos numa investigação. Com isso, poderemos analisar se há elementos administrativos ou justiça militar”, disse Ferreira.
Referente ao segundo policial suspeito, o comandante detalhou que não foi requisitado a apresentação dele para ser ouvido. “Estou aguardando o relatório de inteligência com as informações do que pode ser compartilhado. Estamos com uma certa cautela. Até sexta-feira, acredito que teremos essas informações. Se ouvir outro policial, a primeira medida é afastar do serviço das ruas”.
Conforme Só Notícias já informou, a Polícia Civil cumpriu, ontem, mandados de buscas e apreensões na residência de dois policiais militares que estão na atavia e lotados, em Matupá (208 quilômetros de Sinop). Os celulares dos militares foram apreendidos e serão encaminhados a perícia técnica em Cuiabá. Para não atrapalhar as investigações o delegado não divulgou as identidades dos policiais.
No final do mês passado, três homens também foram presos em uma fazenda durante cumprimento de mandados de buscas e apreensão, na região de Novo Mundo (291 quilômetros de Sinop) suspeitos de envolvimento na morte do empresário. Foram apreendidas diversas munições, um aparelho celular, um revólver calibre 38 e um aparelho que armazena imagens das câmeras da fazenda. Eles pagaram fiança e já foram liberados.
Também são acusados de participação na morte de Couto, o filho dele, a ex-esposa e o namorado dela. Eles chegaram a ser presos, mas conseguiram habeas corpus e foram soltos dias depois.
O desembargador da Terceira Câmara de Direito Privado, Dirceu dos Santos, concedeu liminar e mandou bloquear bens avaliados em R$ 20 milhões (duas fazendas, gado, caminhonete e outros) que eram disputados por Gilberto Couto com a ex-mulher.