A Polícia Civil deflagrou, esta manhã, a segunda fase da operação “Bença, tia”, que investiga golpe em que estelionatários de Goiás e Mato Grosso telefonavam para vítimas se passando por familiares pedindo socorro financeiro urgente. As buscas foram realizadas no presídio de Aragarças (GO) pelo Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), de Goiás, com apoio de policiais civis de Alto Taquari e da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Barra do Garças.
Foram apreendidos na cadeia 24 celulares, 33 chips, diversos carregadores de celular, caderno de anotações e contabilidade da quadrilha, além de porções pequenas de drogas. As investigações foram conduzidas pelo delegado de Alto Taquari, João Ferreira Borges, duraram quatro meses e apontaram que a quadrilha agia dentro da unidade prisional goiana ligando para vítimas aleatórias se passando por um familiar que estava na estrada com o carro quebrado, necessitando de dinheiro para os reparos. O grupo contava com pessoas de fora da cadeia para realizar os saques bancários após os depósitos.
O material apreendido no presídio será juntado ao inquérito policial, que tramita na Delegacia de Alto Taquari. Participaram da investigação os investigadores João Coelho dos Santos Neto, Rodrigo César Pereira Leal, Frank Luís Alves e a escrivã de polícia Regina Fabiana Rodrigues Craveiro.
As prisões e apreensões são resultantes de um trabalho integrado entre as delegacias de Alto Taquari, com o Núcleo de Inteligência de Alto Araguaia, e apoio dos delegados Carlos Roberto Moreira de Oliveira (Alto Garças), Wilyney Santana Borges e Joaquim Leitão Junior (Derf Barra do Garças).
O caso segue em investigação pela Delegacia de Alto Taquari com a identificação de outros estelionatários e vítimas da quadrilha. Na primeira fase da operação foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva em desfavor de seis detentos da cadeia da cidade goiana.