Josani Maria Alves, 35 anos, investigada no inquérito que apura o assassinato do fazendeiro Enivaldo Bedin, 55 anos, em agosto do ano passado, pode se apresentar nas próximas semanas à Policia Civil e prestar depoimento. Esta é a expectativa dos advogados que a defendem. Atualmente, residindo em Cuiabá, ela aguarda ‘convocação’ das autoridades. De acordo com o advogado Victor Hugo da Silva Pereira, é esperada definição de data. Entretanto, o inquérito remetido ao fórum precisa retornar a delegacia, para que seja dada sequência no caso. “Colocamos Josani a disposição. Assim que marcarem data e horário iremos”, declarou, ao Só Notícias.
O envolvimento de Evanir dos Santos, Atilânio Albino da Silva, Luis Fernando de Almeida, José Roberto da Silva e a víuva Noeli Bedin no episódio também é apurado. Em julho foram presos e, posteriormente, liberados. Não houve denúncia formalizada no Ministério Público por falta de provas.
Um hábeas corpos preventivo (HC 85506/2008) obtido junto à primeira câmara do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, sob a relatoria do desembargador Rui Ramos Ribeiro, assegurou que Josane continuasse respondendo em liberdade. “Dessa forma, não poderá mais ser presa para efeitos de investigação”, salientou o advogado. Nele, a defesa da acusada sustentou que a “prisão decretada era totalmente ilegal”.
“A decisão do juízo que decretou foi totalmente carente de fundamentação, bem como a prisão da paciente [Josani] poderia se constituir em uma verdadeira prisão por averiguação, o que não é permitido no Estado democrático de direito”, falou Victor Hugo.