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Casal preso por brutal assassinato em Cuiabá de jovem grávida ficaria com bebê, aponta polícia

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Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

A Polícia Civil esclareceu, esta tarde, o brutal assassinato de uma adolescente, 16 anos, grávida de nove meses, em Cuiabá, e confirmou a prisão em flagrante de um casal por suspeita de envolvimento na morte para ficar com a criança. A mulher tem 25 anos e o homem 28. Policiais do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) faziam buscas pela adolescente que sumiu na terça-feira (12), quando saiu de casa, em Várzea Grande, para buscar supostas doações de roupas na casa de uma mulher em Cuiabá e não fez mais em contato com a família.

Na terça à noite, o casal foi ao Hospital de Maternidade Santa Helena, com um bebê recém-nascido, relatando que o parto havia ocorrido em sua residência, a equipe médica atendeu o bebê, mas a mulher recusou atendimento mas, depois de certo tempo, aceitou e foram realizados exames ginecológicos e laboratoriais. Os médicos constataram que a paciente não estava em estado puerperal. Quando ela foi amamentar a criança, também foi verificado que ela não estava produzindo leite materno, sendo identificada a possibilidade da paciente não ser a mãe da criança, descreve a Polícia Civil.

Diante das suspeitas, a equipe do hospital acionou a polícia, o casal foi conduzido para a Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos. Após a oitiva do casal e com as informações do desaparecimento da jovem gestante, a equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas foi até a residência dos investigados e, nas buscas, encontrou o corpo da adolescente enterrado em uma cova rasa, com parte da perna visível. Ela estava com o ventre aberto, com um corte grande, indicando uma situação de parto forçado.

Em análise do corpo, foi verificado que a vítima foi morta possivelmente por enforcamento, esganadura e asfixia, uma vez que ela estava com cabos de internet enrolados no pescoço, mãos e pernas, além de um saco plástico na cabeça, como forma de sufocamento, informa a assessoria da Polícia Civil

Após o crime, o homem chegou a postar em suas redes sociais que “sua filha” havia nascido. 

As investigações da DHPP seguem em andamento para apurar se a atuação de cada um dos envolvidos nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, assim como a possível participação de outras pessoas no crime e podem responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e entre outros crimes que podem ser identificados no decorrer das investigações.

“Foi um crime gravíssimo, que foi rapidamente esclarecido pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP, que contou com apoio fundamental da equipe hospitalar, que imediatamente identificou que havia algo errado e acionou a polícia”, disse o delegado titular da DHPP, Caio Fernando Albuquerque.

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