O casal Joares Moreira Alves Filho e Elisangela Bargos Gonçalves morreu devido à expansão de monóxido de carbono, proveniente do sistema de escapamento de gases do veículo em que estavam, no dia 30 de agosto, no bairro Dom Osório, em Rondonópolis. A conclusão está no laudo pericial elaborado pela Gerência Regional de Criminalística e divulgado esta tarde.
Testes indicaram que falhas de vedação no assoalho do veículo e na tampa do porta-malas permitiram que gases se expandissem pelo interior e atingissem altas concentrações. Conforme conclusão do laudo pericial, os fatos sugerem tratar-se de inalação acidental de monóxido de carbono e a falha pode ter sido causada por ausência de manutenção ou manutenção inadequada, tanto no sistema de escape quanto em pontos de vedação contra gases e partículas sólidas.
Na ocasião do fato, foi informado aos peritos que um casal foi encontrado sem vida no interior de um veículo. O irmão de uma das vítimas teria passado pelo local, avistado o veículo estacionado e, ao verificar o que ocorria em seu interior, encontrou as vítimas sobre os bancos dianteiros, removendo-as no intuito de prestar socorro. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi até o local e constatou o óbito do casal.
O laudo de necropsia, elaborado pela Gerência de Medicina Legal, indica compatibilidade dos óbitos com asfixia por monóxido de carbono. Os laudos periciais serão anexados ao inquérito conduzido delegado Daniel Rozão Vendramel.
Em três testes realizados no carro, em período aproximado de 10 minutos, a concentração detectada pelo aparelho medidor de gases atingiu 1000 ppm, a concentração máxima que pode ser detectada pelo instrumento. A média de aumento de concentração foi de 100 ppm/ minuto. Removido o aparelho do interior do veículo, a concentração atingiu rapidamente 11 ppm, até retornar a 0 ppm.
Na análise do veículo, foi constatada que a tampa do porta-malas não estava fechando e havia grande espaço, permitindo a passagem de gases na lanterna traseira esquerda, além de diversos pontos de corrosão no assoalho do veículo, informa a assessoria da Politec.