Um cabo da Polícia Militar foi preso pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. Ele estava adquirindo um medicamento proibido com o objetivo de provocar aborto. A prisão do acusado, 45 anos, aconteceu, na quarta-feira (7), em Ribeirão Cascalheira, por policiais da Delegacia da Polícia Judiciária Civil.
A prisão do cabo ocorreu após informações da Polícia Federal, enviadas a Polícia Civil, referente a entrega de um envelope lacrado contendo um conhecido medicamento abortivo. O remédio, transportado por uma empresa de ônibus, seria entregue no guichê da estação rodoviária de Ribeirão Cascalheira, que seria retirado pelo policial militar.
Com o recebimento da informação, o delegado Marcos Leão e sua equipe de investigadores e escrivães passaram a monitorar a chegada do "pacote", a fim de realizar a detenção do militar. Assim, por volta de 14h, quando o suspeito, que se encontrava fardado, em uma viatura policial e em serviço, retirou o medicamento do guichê da empresa de ônibus, foi abordado e conduzido à Delegacia Municipal.
Na presença de testemunhas, servidores civis e militares, o cabo confessou que havia adquirido o remédio para utilizá-lo em uma mulher que ele tinha engravidado, mas não revelou seu nome. O policial disse ainda que era a segunda vez que adquiria o mesmo medicamento, porém o aborto não deu certo e foi necessário comprar novamente o medicamento. Tentativa, porém, frustrada pela ação policial.
Em interrogatório, o cabo alegou desconhecimento acerca do conteúdo do envelope e sua destinação. Negou, inclusive, que houvesse o envolvimento de uma mulher. "Dessa forma, a Polícia Judiciária Civil ainda continua o trabalho investigatório para descobrir a identidade da mulher", disse o delegado Marcos Leão
O cabo encontra-se recolhido no 16º Batalhão de Polícia Militar em Água Boa.