A busca pelos restos mortais do casal Roberto Bonilla, 23, e a noiva dele Júlia Komori, 29, foi finalizada pela Polícia Civil. Mais de 20 agentes investigaram, por 2 dias consecutivos, a área da queda do avião e encontraram apenas fragmentos de materiais na cabine da aeronave que foi totalmente carbonizada. Ainda não há previsão sobre a data do resultado da análise do material.
Os policiais investigaram a 12 km da sede da fazenda Pouso Lindo, em Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul de Cuiabá). Segundo o chefe de operações da Gerência de Inteligência Policial (GIP), Miguel Vaz, existe a possibilidade de os corpos terem sido carbonizados a uma temperatura acima de 800 graus. “Tinha ferro fundido na cabine, o que dificultou encontrar os corpos. Além das chuvas, do sol, das queimadas que tiveram nesses 8 anos em que o avião ficou lá”.
Os fragmentos (não se sabe o que ou de quem são) foram trazidos ontem para Cuiabá pela equipe da Polícia Civil, que vasculhou a área entorno da aeronave. Como a porta do avião foi arremessada, havia também a possibilidade dos corpos terem caído, mas nada foi encontrado. Para agilizar o trabalho, foi montado um acampamento próximo à queda.
Vaz lembrou ainda que todas as partes que estavam faltando do avião foram localizadas e trazidas para a Capital. Os policiais fizeram uma espécie de operação pente fino, com aberturas na mata para facilitar as buscas.
Entenda – O avião monomotor N90324 da empresa Itagro/Edson Flying desapareceu em janeiro de 2002, após uma forte tempestade. A aeronave era pilotada por Roberto e seguia para Goiânia (GO). Ela só foi localizada na semana passada, depois que o filho do administrador da fazenda localizou a asa da aeronave.