A troca de tiros que resultou na morte de Adenilson Rodrigues de Oliveira, 37 anos, e três homens baleados, domingo à noite, na Estrada Selene, pode ter sido motivada por briga de trânsito. Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil de Sinop. O investigador Wilson Cândido de Souza, da Divisão de Homicídios, informou, há pouco, que um dos envolvidos no tiroteio, Cristiano Silva de Lima, 33 anos, se apresentou na delegacia, ontem à tarde, e apresentou sua versão. “Ventilou-se conversas paralelas que os dois seriam inimigos, que teriam alguma desavença”. “A primeira linha de investigação da DHPP foi nessa situação. Comprovamos com o principal acusado do crime e com a família da vítima (Adenilson) que eles sequer se conheciam, não tinham qualquer desavença. O que houve foi situação de briga de trânsito. Pelo menos essa, até o presente momento, é a linha de investigação que a DHPP está trabalhando e nos leva a ter uma certeza que foi isso que aconteceu”.
O investigador acrescentou que estavam todos confraternizando, em uma chácara. “O Cristiano (investigado) estava em uma chácara e o Adenilson (que faleceu) estava em outra. Não tiveram qualquer contato, durante o dia, na comemoração. Na volta para casa todos, coincidentemente, vieram no mesmo horário”, entre as 18h e 19h. “Nesse trajeto da estrada Selene até a cidade houve desentendimento no trânsito que culminou com toda aquela situação”.
Wilson Cândido detalho a versão do investigado Cristiano (que estava no Honda Civic) “que passou pelo veículo Gol (onde estava Adenilson) e não se lembra de ter batido no veículo ou de ter feito alguma ‘fechada’. Ele relata que, logo na sequência, sentiu os vidros de seu carro estourarem, do lado do motorista, perdeu controle do veículo e bateu em uma cerca”. “Ali começou toda a confusão e, possivelmente, a troca de tiros. O Cristiano também está baleado na altura do ombro e transfixou e saiu no peito, do lado direito”, informou o policial.
O investigador declarou ainda que é esperada, hoje, a apresentação de outro baleado, que estava com Cristiano no Civic (seria seu funcionário) e foi baleado e vai prestar esclarecimentos. “O policial militar (também baleado) vinha logo mais atrás. Ele também estava na confraternização numa chácara” e “quando se deparou com a situação de delito, de crime, viu tiros, investido de sua profissão policial, tentou intervir. Acredito eu que, quando ele tentou intervir, a situação estava bastante agravada”.
A pistola apreendida, segundo o investigador, pertencia a Adenilson, tem registro e está com a perícia criminal. “Já o Cristiano confessou que tinha arma, revólver calibre 38, que foi utilizado nessa possível troca de tiros e que essa arma não sabe dizer onde foi parar. Segundo ele, a arma desapareceu”. “Mas as investigações estão no começo, serão ouvidas várias testemunhas presenciais e evidenciais que estavam antes, não estavam durante o ocorrido, mas que de alguma forma podem colaborar nessa investigação”.
Está sendo apurada a versão que, após a troca de tiros, Cristiano foi levado no veículo VW Gol até as proximidades da UPA onde foi atendido. O carro foi abandonado, ontem, no Residencial Delta.
Adenilson Rodrigues de Oliveira trabalhava em uma empresa e foi sepultado ontem, em Sinop.
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