A tentativa de homicídio contra o agente municipal de trânsito (“amarelinho”) Edilson da Silva, 34 anos, na sexta-feira, é vista com cautela por pessoas do funcionalismo municipal. O agente foi feito refém e teve o seu carro incendiado com ele dentro, conseguindo sair a tempo do veículo. Contudo, sofreu queimaduras nas mãos e nas pernas.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), Rubens Paulo, da forma que recebeu as informações do crime, a intenção dos criminosos não era assaltar, mas sim de vingar algo. O presidente acredita que a motivação do atentado esteja relacionada a algo do trabalho, até pela função que a vítima exercia, em que, muitas vezes, tinha de ser mais enérgico com alguém.
No entanto, Rubens Paulo preferiu não entrar no mérito quanto à possibilidade de que o crime possa estar ligado à polêmica em que os agentes municipais estiveram envolvidos em 2007 com a prefeitura, em virtude da produtividade, com uma série de atritos. Conforme ele, é complicado emitir uma opinião sobre o assunto porque está de fora da investigação do caso.
O secretário municipal de Transportes e Trânsito, Ailton das Neves, também repassou que é complicado emitir uma opinião sobre o caso, até porque pode ser um caso com motivação particular. No entanto, o secretário acha prematuro relacionar o atentado ao trabalho que Edilson exerce. “Pode ser algo relacionado ao trabalho ou a algo pessoal, particular. Não se pode descartar nenhuma situação”, analisou.
Ailton das Neves disse não acreditar que o crime tenha a ver com o atrito envolvendo os agentes e a prefeitura, em 2007. “A gente sabe que houve uma tensão entre os agentes e a Secretaria de Trânsito, mas não acredito que possa chegar a esse ponto”, afirmou.