O envolvimento da jovem de 23 anos, presa pela Polícia Civil, na última quinta-feira (24), teria sido apontado pelo próprio adolescente de 15 anos, morto a tiros, na rua Antônio Porto, no bairro Jardim São Paulo, em janeiro de 2015. A versão foi contada pela mãe da vítima. Ela detalhou que conversou com o filho, enquanto ele era atendido pelo Corpo de Bombeiros. O menor teria dito que a jovem estava envolvida no crime.
O pai do adolescente também foi ouvido pela Justiça e confirmou a versão contada pela mulher. Ele disse ainda que o menor informou à mãe, enquanto era socorrido, que viu a acusada e mais uma menina “passarem em frente” da casa, onde ele morava, poucos antes de ser atingido pelos tiros.
A justiça chegou a arquivar o inquérito em relação à jovem, recebendo a denúncia apenas contra um rapaz de 26 anos. Na ocasião, o Ministério Público se manifestou contrário à abertura de ação penal contra a mulher, por ausência “de elementos probatórios para embasar o oferecimento da denúncia”. Desta forma, apenas o homem passou a responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
No final do ano passado, conforme Só Notícias informou em primeira mão, a justiça determinou o aditamento à denúncia. Com isso, a mulher também passou a responder por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o adolescente havia sido apreendido, no dia 26 de janeiro, acusado de pilotar uma motocicleta roubada. Dois dias depois, ao ser colocado em liberdade, ele foi atingido por cinco disparos de arma de fogo. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, porém, o jovem faleceu após perder uma grande quantidade de sangue.
O rapaz de 26 anos, ao ser preso, disse à polícia que a jovem não teve relação com o homicídio. Ele alegou que estava sendo ameaçado pela vítima e que, no dia do crime, discutiu com o adolescente. Em seguida, sacou o revólver e desferiu seis tiros em direção ao menor. Afirmou ainda que desconhecia o motivo pelo qual o adolescente apontou a mulher como responsável pelo crime, mas acreditava que a razão poderia ter sido pelo assassinato ter ocorrido perto da casa dela. Também sugeriu que, por coincidência, poderia haver algum desentendimento entre os dois.
A jovem de 23 anos foi presa, após se apresentar com um advogado, na delegacia municipal da Polícia Civil. Os investigadores plantonistas já estavam com o mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara Criminal. A polícia informou que ela deverá ser transferida para a cadeia feminina de Colíder (160 km de Sinop). Já o outro suspeito de envolvimento na morte segue preso na penitenciária Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.