A Polícia Civil deflagrou hoje a Operação Patrono do Crime, para cumprimento de cinco mandados de prisões preventivas e quatro de busca e apreensão a integrantes de um grupo criminoso envolvidos em crimes de organização criminosa, associação para o tráfico, fraude processual, falsidade ideológica, favorecimento pessoal, comércio ilegal de arma de fogo, entre outros.
As investigações, conduzidas pela delegacia de Apiacás, têm como alvos um advogado de Várzea Grande, segundo a polícia “investigado por integrar a facção criminosa”, e quatro detentos, sendo dois homens e duas mulheres, que cumprem penas na Penitenciária Central do Estado e no Presídio Ana Maria do Couto.
A Polícia Civil apontou que as investigações apontaram que o advogado “era integrante da organização criminosa, não apenas fornecendo assessoria jurídica para os membros, mas atuando em diversas frentes, como, por exemplo, venda ilegal de armas de fogo e utilizar das prerrogativas de sua profissão para realizar a consulta de pessoas, a mando da facção, para verificar se pertenciam a outra organização criminosa”.
Ainda segundo a polícia, ele também era “responsável pelo resgate de drogas não apreendidas pela Polícia, ou seja, ao perceber que o cerco estava fechando, os integrantes da facção criminosa entravam em contato com o investigado, que atuava como intermediário entre presos e outros integrantes, informando o ponto em que a droga estava escondida, para que fosse retirada do local, por outros integrantes da organização criminosa, antes que o entorpecente fosse descoberto e apreendido em ações das Forças de Segurança”.
A investigação também constatou que o advogado atuava na recuperação de veículos roubados e furtados pela própria facção criminosa, recebendo valores de vítimas para a recuperação dos veículos, dentre outros delitos apurados. Em fevereiro deste ano, o advogado chegou a ser preso em flagrante, ocasião em que tentava entrar na Penitenciária Central do Estado com 1,2 quilos de cigarros, escondidos no forro do paletó, sendo flagrado no momento em que passou pelo scanner corporal.
Em junho de 2023, ele foi encaminhado à delegacia de Lucas do Rio Verde, após ameaçar um promotor de justiça, durante uma sessão do tribunal do júri.
A informação é da assessoria da Polícia Civil.
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