A Delegacia Especializada do Meio Ambiente, em conjunto com o Ministério Público Estadual, secretaria estadual de Meio Ambiente, Politec e Judiciário, deflagram hoje a operação “Cordilheira” para cumprimento de 10 mandados judiciais com foco no combate a prática de crimes ambientais na região do Pantanal Mato-Grossense. As ordens de busca e apreensão têm como alvo 6 propriedades rurais na região do Pantanal, 3 endereços comerciais e um residencial, além de um mandado itinerante em Sinop e Rondonópolis.
A investigação apura crimes de “destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção e destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial preservação”, da lei de crimes ambientais.
A apuração iniciou no segundo semestre do ano passado, após denúncia sobre uma propriedade no Pantanal em que era feito o uso de agrotóxicos. A delegada titular da Dema, Liliane de Souza Santos Murata, detalhou que os cumprimentos dos mandados nas propriedades rurais se dão em áreas que totalizam aproximadamente 121.225,000 hectares de terras dentro do pantanal.
Para a delegada, o trabalho na região do Pantanal é delicado, principalmente nesta época do ano em período chuvoso, onde o acesso terrestre se torna ainda mais difícil. “Há locais que só conseguimos percorrer com aeronaves e embarcações de diferentes tipos. O Sistema de Geomonitoramento por Satélite, utilizado pela Dema para o monitoramento dos ilícitos ambientais, foi um aliado nas investigações prévias até o reconhecimento in loco do local suspeito do crime e do possível dano ambiental causado” explicou.
Liliane destacou que as condições climáticas da região ajudaram a identificar que a situação de crime ambiental, uma vez que o Pantanal é marcado pelas altas temperaturas, grande índice pluviométrico, verão quente e chuvoso e um inverno frio e seco. Assim, o solo que se forma é utilizado como áreas de pastagens para o gado. A vegetação pantaneira, dependendo da altitude, envolve as gramíneas, árvores de médio porte, plantas rasteiras e arbustos. “Por meio deste clima foi que se gerou a suspeita de que algo estava errado na propriedade rural, haja vista que neste período chuvoso a área onde o dano foi gerado deveria estar verde e aquática e não seca”, destacou a delegada.
As informações são da assessoria da Polícia Civil.
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