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24 são presos no Nortão por extração ilegal de madeira

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Vinte e quatro pessoas foram presas em flagrante por policiais da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) e Polícia Ambiental extraindo madeira irregular nos municípios de Colniza e Aripuanã ( extremo norte mato-grossense). Os acusados serão indiciados pela prática de crime ambiental, estando sujeitos a cumprir pena em regime fechado. São os primeiros resultados da “Operação Pica-pau”, idealizada pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e executada em conjunto com Polícia Ambiental, Delegacia de Meio Ambiente e Ibama.

Além das prisões efetuadas, na primeira semana da operação fiscais da Sema apreenderam 15 caminhões carregados de madeira irregular, 5 moto-serras, 3 tratores sendo 1 esteira, 1 moto, 1 espingarda carabina calibre 28 e diversos apetrechos utilizados para a pesca ilegal como redes e tarrafas. Os policiais que participam da operação ainda fecharam várias estradas clandestinas usadas para o transporte da madeira roubada das propriedades rurais.

Os fiscais também autuaram proprietários de terras e aplicaram multas aos infratores. O valor de multas aplicadas de acordo com os fiscais ainda não é possível quantificar. A totalização só será feita após o retorno da equipe a Cuiabá, pois o grupo formado por 42 pessoas se dividiu em várias partes para ampliar a fiscalização na região.

Investigadores da delegacia de Meio Ambiente identificaram a existência de quadrilhas que agem na grilagem de terras e extração irregular de madeiras. Espécies nobres são derrubadas e beneficiadas no meio da mata, provocando a abertura de enormes clareiras em plena floresta amazônica. Há ainda casos de madeiras que são roubadas em Mato Grosso e levadas para Rondônia onde são legalizadas com Atpfs duvidosas.

Segundo o delegado de Meio Ambiente Márcio Pieroni, que integra a operação iniciada há 14 dias os danos ambientais são irreversíveis. “É impressionante a destruição causada ao meio ambiente. Os danos não se resumem apenas ao desmatamento, mas também a exploração de garimpos que desviam cursos de rios e provocam a morte de córregos importantes na região”.

O delegado informou ainda que quadrilhas especializadas se formam nas cidades de Colniza e Aripuanã e atuam com intensidade na floresta, inclusive em áreas indígenas. Uma das áreas atingidas pelos madeireiros clandestinos é a Reserva Extrativista Guariba Rooselvet, uma importante unidade conservação mantida pelo governo entre os municípios de Colniza e Aripuanã.

Num sobrevôo feito no helicóptero do Ibama a fiscalização identificou invasões e roubo de madeira na reserva indígena Rio Pardo. A equipe que está no local irá solicitar ajuda da Policia Federal para entrar na reserva e prender os infratores.

O delegado Márcio Pieroni disse por telefone nesta quinta-feira, que o trabalho está apenas começando e que novas prisões deverão ocorrer nas próximas horas. Novos pedidos de prisões temporárias foram protocolados por Pieroni ao juiz responsável pela comarca que inclui Colniza e Aripuanã.

Entre os suspeitos cujos mandados de prisão foram solicitados pelo delegado estão empresários, madeireiros, produtores e políticos da esfera municipal de Colniza. “Não estamos aqui para fazer reintegração de posse ou combater grilagem de terra, mas para colocar na cadeia os responsáveis pela destruição do meio ambiente. Enfrentaremos com certeza resistência, pois é grande o número de criminosos, mas felizmente temos recebido o apoio do cidadão de bem desta região” concluiu o delegado.

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