Ser voluntário é acima de tudo um ato de amor, respeito, compaixão, justiça e solidariedade ao próximo. Ser voluntário é muito mais que oferecer uma parte de seu tempo, é muito mais que olhar para a necessidade do outro, muito mais que colocar o seu entendimento e experiência em benefício do todo, vai além das expectativas do ser humano e o coloca em destaque, tanto para quem doa, tanto para quem recebe.
Na prática, o serviço de voluntariado representa oferecer, espontaneamente, o seu melhor para colaborar com o outro. Isto é altamente positivo, pois quando nos abrimos a esta possibilidade e, doamos o nosso tempo, além de evoluir como ser humano, também ajudamos a construir um mundo melhor.
O voluntário é um guerreiro silencioso que não busca fama, dinheiro ou oportunidade de riquezas, apenas dá o que tem de melhor. A visão do voluntário é ampla e bela, pois tem um alcance infinitamente maior sobre o que acontece ao seu redor e se integra a estas condições sempre com muita entrega e determinação.
Você pode ler para idosos ou crianças, fazer consultas médicas em comunidades pobres, doar roupas, livros, brinquedos a creches e escolas, ajudar ONGs que cuidam de animais vítimas de abandono e maus tratos ou organizar a parte administrativa e financeira de instituições, associações, etc. E sabe o que é melhor? Quanto mais doamos, mais sentimos satisfação em compartilhar um pouco do que somos e do que temos com o nosso próximo.
Sou voluntária há cinco anos numa ONG que cuida de animais e a aproximadamente há dois me dedico quase que integralmente a Associação de Espinha Bífida de Mato Grosso (AEB-MT).
A primeira vez que fui a Associação foi a pedido do presidente. Ele me ligou extremamente preocupado, pedindo socorro, pois faltava dois dias para a festa do dia das crianças acontecer e a pessoa que se comprometeu a doar os brinquedos, ligou e disse que não iria mais ajudar. Pedi ao presidente que me aguardasse até o dia seguinte que tentaria resolver. Mobilizei alguns amigos que se sensibilizaram com a causa e no final, a festa foi linda.Todas as crianças receberam os presentes e se divertiram muito. A partir daí minha participação na instituição só aumentou.
O próximo passo foi ajudar a instituição a organizar toda documentação que estava irregular. Hoje a AEB-MT está apta para realizar qualquer tipo de convênio. E não parou por aí, com o apoio de alguns amigos, organizamos uma campanha de doação de fraldas descartáveis para os associados, bem como festas de Natal, Páscoa, Dia das Crianças, uma Violada Solidária com cantores regionais que também foram voluntários, assim como todas as pessoas que trabalharam no evento. Além disso, apresentou a AEB a empresas e amigos que de alguma forma ajudam na manutenção da instituição.
Ajudar o próximo é algo que aprendi com minha mãe, desde criança a acompanhava nos trabalhos voluntários que ela realizava nas instituições. Hoje passo esse ensinamento a minha filha de 17 anos que desde os 5 anos me acompanha em algumas ações. Quem é voluntário também cresce como ser humano, pois tem oportunidade de aprender, evoluir, compartilhar e se transformar em alguém ainda melhor. Com isso, eu, você, todos nós podemos inspirar muitas outras pessoas a fazerem o mesmo, alimentando assim, uma extraordinária corrente do bem. Faça parte deste ciclo, seja voluntário e ajude a fazer um mundo melhor.
Quem também quiser se dedicar ao próximo pode nos fazer uma visita, a Associação de Espinha Bífida de Mato Grosso- AEB/MT é uma instituição sem fins lucrativos, tem por objetivo promover melhor qualidade de vida das crianças, jovens e adultos portadores de espinha bífida, no contexto familiar e social, buscando assegurar-lhes o pleno exercício de cidadania, bem como, fazer a prevenção da patologia.
A espinha bífida é a malformação congênita localizada na coluna vertebral, que se desenvolve nas primeiras semanas de gravidez, quando a parte exterior da coluna do embrião não se fecha corretamente.
As causas de espinha bífida ainda não são totalmente conhecidas, mas acredita-se que estejam relacionadas com fatores genéticos ou deficiência materna de ácido fólico e zinco, diabetes materna e ingestão de álcool durante os primeiros 03 meses de gravidez. Originando assim, problemas como: paralisia nas pernas, alterações da sensibilidade abaixo da lesão, problemas na locomoção, incontinência urinária e fecal e problemas de aprendizagem.
A espinha bífida não tem cura, mas pode ser tratada com cirurgia para reintroduzir e fechar o defeito na coluna vertebral, embora nem sempre as complicações possam ser evitadas com esta cirurgia. A fisioterapia para espinha bífida também é uma importante ajuda no tratamento, para promover a independência da criança.
Quer ser um voluntário da AEB-MT? A associação fica na Rua Arara, n°40 Qd 40 – Recanto dos Pássaros – Cuiabá-MT. O telefone para contato é: (65) 3663-3745 e 99940-5027.
Núbia Patrícia Oliveira é servidora Pública, Graduada em Licenciatura Plena em Letras pela UFMT, Pós Graduada em Educação Especial, revisora e voluntária nas horas vagas
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