Podemos dizer que arritmia cardíaca é uma alteração no ritmo de batidas do coração. Tanto podem ser batimentos muito rápidos (taquicardia) como batimentos muito lentos (bradicardia). Essas alterações acometem muitas pessoas no Brasil que nem sabem que estão com o coração com batidas descompassadas. Por isso é necessário que se faça um check up regularmente com um cardiologista, visto que ele pode identificar através de exames se o paciente possui ou não arritmia cardíaca e se é taquicardia ou bradicardia.
As pessoas têm que se conscientizar que se não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita, em que a pessoa morre inesperadamente.
Se você sente palpitações ou “batedeiras”, desmaios, tonteiras, confusão mental, fraqueza, pressão baixa, dor no peito pode significar arritmia. Mas, esses sintomas não são regras. Alguns pacientes apresentam arritmias cardíacas assintomáticas, por isso a necessidade de se consultar com um cardiologista e realizar uma investigação adequada.
E ao contrário do que se pensa, as arritmias não são acometidas só em idosos, crianças podem apresentar esses descompassos de batimentos cardíacos como jovens, e até mesmo em atletas.
Quantos casos vimos de jogadores de futebol que têm morte súbita no campo em partidas. Todos com menos de 35 anos. Vale lembrar que mais de 95% das mortes súbitas acontecem fora do ambiente hospitalar. A reversão só acontece em casos que o paciente é atendido nos primeiros 5 minutos após a parada cardíaca. Nesses casos, a sobrevida é maior que 49%. Mas quando não é possível ser atendido nesse curto espaço de tempo, o paciente pode sobreviver, mas o cérebro pode ser afetado.
Hoje com a evolução da medicina e da cardiologia, e com o diagnóstico precoce dessas alterações cardíacas é possível tratar as arritmias com o cardiologista especialista em arritmologia e eletrofisiologista que é o especialista nesse tipo de tratamento que fará a indicação do seu caso se será tratado por medicação apenas, ou ablação por cateter ou por implantes de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI), como Marca-passo (MP), Cadioversor Desfibrilador Implantável (CDI) ou Ressincronizador.
Procedimentos que atualmente já são realizados em Cuiabá, com elevada taxa de sucesso. Em alguns casos, o paciente não precisa mais tomar medicamento, mas o acompanhamento com o cardiologista deve se manter periódico.
José Silveira Lage é cardiologista arritmologista e eletrofisiologista da Cardioritmo em Cuiabá