O Brasil é o segundo país no mundo em taxas de mortes po acidentes com motociclistas, so perdendo para o Paraguai. É também o quinto em total demortes em acidentes de trânsito, com 40.610 fatalidades em 2010,ficando atraz da Índia, da China (ambos com mais de 1,3 bilhões de habitantes enquanto o Brasil tinha apenas 190 milhões), dos EUA (que também tinha 311 milhões de habitantes e da Rússia. Entre esses países, o Brasil ostenta a segunda maior taxa de mortalidade por acidentes de trânsito 21,4 por 100 mil habitantes. Essas taxas varim por regiões e por faixas etárias das vítimas. A maior taxa é a de idosos/as, com 27,4 por cem mil habitantes, de 26,7na faixa de 20 a 39 anos e de 24,0 na faixa de 40 a 59 anos. O Centro-Oeste possui a maior taxa nacional de 29,0 por 100 mil habitantes.
Em Mato Grosso também a violência no trânsito tem deixado seu rastro de forma triste. Entre 2002 e 2010 foram 7.331 mortes no trânsito, um aumento de 27,3% das fatalidades no periodo, com um elevado custo social, econômico e financeiro tanto para as instituições públicas quanto para as famílias das vítimas.
Segundo declarações do Ministro da saúde o SUS registrou 145 mil internações com acidentados no trânsito em 2010, ao custo de 190 milhões de reais. Esses custos para o SUS no periodo de 2002 a 2010 devem ser superiores a 1,3 bilhões de reais, sem considerer os custos diretos e indiretos com as mortes e invalidez, custos esses que são mais de 27 bilhões no mesmo periodo.
No period de 2002 a 2010 o Brasil registrou 327.512 mortes em acidentes de trânsito, sendo que dessas 62.571 foram de motociclistas. No mesmo periodo o número de mortes por acidentes de trânsito aumentou em 24,0%, enquanto as fatalidades atingindo motociclistas aumentaram em 170,7%, passando de 3.744 mortes em 2002 para 10.134 mortes em 2010.
Comparado com outros países, principalmente os integrantes do G-20, do qual o Brasil também participa, ocupamos a segunda posição em termos de violência no trânsito. Enquanto nossa taxa de morte por acidentes de trânsito é de 21,4 por 100 mil habitantes, no Japão (que possui uma frota de veiculo mais do que o dobro da nossa) é de 4,72; na Alemanha 5,45 ; na Franca 6,8; nos EUA (cuja frota de veículo é cindo vezes maior) é de 12 por cem mil habitantes.
O "interessante" é que nesses países, onde as taxas de mortes em acidentes de trânsito já são consideradas bem baixas,quando comparadas com o Brasil, assim mesmo os índices de fatalidades nesta categoria nos últimos cinco anos cairam bastante. Na Itália a redução foi de 46%; naa França de 44% e na Alemanha de 45% enquanto no Brasil houve aumento de 14,1%. No geral e 69,3% nas fataiidades envolvendo motociclistas.
Estimativas de entidades que estudam e acompanham a violência no trânsito no Brasil indicam que em 2012 a cada hora cinco pessoas morreram em acidentes de trânsito em nosso país, isto significa mais de 43 mil pessoas, indicando que a escalada deste tipo de violência continua de forma acelerada, apesar das promessas de ações do governo.
As principais causas dos acidentes e das fatalidades no trânsito no Brasil, ou a chamada violência no trânsito são: a) uso e abuso de álcool; b) imprudência e impericia dos condutores; c) mau estado de conservação dos veículos; d) mau estado de conservação das vias, e) falta de cumprimento das leis de trânsito , falta de fiscalização, impunidade em geral e, finalmente, f) legislação branda demais, favorecendo os assassinos do volante.
Nem precisa dizer que o grande responsivel por esta carnificina é o Poder Público, pela omissão, conivência com práticas criiminosas e pela corrupção que domina vários setores responsáveis pela gestão do trânsito e transporte em nosso país. Enquanto isto, dezenas de milhares de pessoas perdem as vidas ou ficam com sequelas ou deficiências para o resto da vida. Isto é o Brasil dos belos discursos oficias!
Juacy da Silva, professor universitário, mestre em sociologia, colaborador de Só Notícias.
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