sexta-feira, 20/setembro/2024
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Uma questão de ética

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Quando se fala na ética do brasileiro, é necessário observar um pouco a história que a antecede, pois ele herdou uma herança maldita no que se refere ao modo como foi tratado em épocas remotas. Assim, sabe-se que a ética faz parte do caráter individual e, quando ela não está presente na maioria da sociedade, o coletivo paga a conta.

Em todos os setores da sociedade há problemas relacionados à ética e, nas empresas não é diferente, o que anda prevalecendo é a Lei de Gerson, todo mundo quer levar vantagem, passando muitas vezes, por cima do colega de trabalho. Mas essa não é a forma correta para se conseguir as coisas que se quer. A cada erro cometido por qualquer funcionário, no que diz respeito a "levar vantagem", não é só ele que sofre, mas todo o quadro de funcionários da empresa, pois, muitas vezes, acaba por trazer consequências coletivas.

Entretanto, o que começou errado pode ser mudado, partindo-se da concepção de cada um no que se refere à ética, quanto a se proceder de forma correta em todas as situações, pois o caráter, a pessoa mostra mesmo quando ninguém se encontra presente.

A geração atual já traz impresso na mente que a sociedade impõe o "ter" e não o "ser", tornando-se latente a necessidade de usurpar o que é dos outros, passar por cima de princípios para conseguir o que se quer, é claro que isto não é uma regra, pois em todas as áreas da sociedade, há aqueles que não se dobram à falcatrua, à politicagem, aos desmandos.

Cada dia é mais visível a falta de comprometimento dos políticos com a sociedade, o modelo egoísta de se governar em causa própria, levando-se a grandes rombos financeiros em diversos setores governamentais, lembrando-se ainda, a falta de punição, pois quem elabora as leis, geralmente, o faz como forma de se proteger e àqueles que assim procedem.

Mudar isso é uma tarefa difícil, visto já estar impregnado o mau-caratismo, mas sempre há uma esperança, bastando para isso que as poucas pessoas éticas mostrem com seus gestos, que ainda é possível.

Que hoje o apadrinhamento, o "QI" (quem indica) é comum, praticamente todo mundo sabe, mas o que se faz a respeito é pouco, pois como diz o velho ditado "a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco", ou seja, para quem, muitas vezes está certo, age de forma correta, mas não tem poderes para lutar contra a correnteza da hipocrisia moral, que mina as forças daqueles que ainda sobrevivem à moral e aos bons costumes.

Muitas vezes, é necessário se fingir de cego, mudo e surdo, pois ao entrar num embate desse porte, as consequências podem ser devastadoras, principalmente, para quem se encontra do outro lado da verdade. E é isso que muita gente vem fazendo, pois é mais cômodo, dá menos trabalho fingir que não há nada errado, que lutar contra os poderosos. Assim, a vida segue seu rumo, no aguardo que as coisas melhorem, porém sem que se tenha que tomar atitudes para que isso aconteça.

Miriam Mendes
Professora da Rede Municipal de Ensino
Acad. 8º Sem. Direito-Unic Industrial

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