Até os menos críticos percebem a ausência de estado em tempo ideal no seio da sociedade, para a efetiva manutenção da ordem e do progresso. Não confundamos crescimento econômico setorizado com progresso e com desenvolvimento, isto seria um engano inconcebível, pois, estaríamos confundindo grandeza com qualidade. O buraco negro na democracia a que nos referimos, é o resultado da ineficácia do estado de direito, mal operado por aqueles que exercem suas funções na contramão dos interesses do povo e, contribuem para com o caos na saúde, na educação, na segurança e na justiça que nos remete a uma expectativa de reencarnação.
O povo aceita ou é compelido a aceitar pela deficiência de cidadania, que aliás, por conta deste mesmo estado de direito que não foi capaz o suficiente em consolidar cidadania plena ao seu povo. O estado de direito, abstrato institucional não tem culpa, os culpados são os que com má fé, incompetência, negligência, ou ainda, aqueles que fazem do estado de direito extensão dos seus interesses, estes são os construtores do buraco negro na democracia. Aliás, nossa jovem democracia está sendo torpedeada de forma assustadora. Cremos ter chegado o tempo histórico para a realização de uma reavaliação dos marcos regulatórios a iniciar pelos códigos civil e penal com observância a proteger direitos e a cumprir deveres sem o protecionismo produzido no viés de ações corporativistas para proteger gestões delituosas.
Do contrário, nos parece perfeitamente, se não cabível no momento, mas extremamente eficaz adotarmos como "Doutrina de Estado" a democracia militarizada. Esta, é uma proposta para a construção de um solução contemplativa do ponto de vista à reduzir a velocidade que avança ao buraco negro na democracia brasileira, e ao resgate da ordem e do progresso sem mais verde, nem mais amarelo, mas com saúde, educação, segurança e justiça. Isto é o mínimo que esperamos de nosso estado democrático de direito.
Jorge Antonio Baldo é de Sorriso
[email protected]