Na luta entre o coração e a razão, muitos optam por retardar as decisões a procura de justificativas inúteis. Somam-se os porquês, acumulando os desperdícios das possibilidades que são de exclusividade pessoal e não cabe a ninguém decidir pelos outros.
Viver em sociedade é administrar sucessivos conflitos que são fontes permanentes de estresses, por isso, muitas pessoas vivem no limite da contrariedade e atritos interpessoais, que mal resolvidos transforma em angústias: pouco se conhece das pessoas, no convívio diário, e na ânsia em ajudá-las, retiramos delas a melhor coisa que existe que é o crescimento pessoal, ou seja, o exercício de saber vencer pelos seus próprios esforços.
Devemos estar preparados para aceitar algumas decepções e talvez receber pequenos reconhecimentos, ou seja, a gratidão, a obrigação mútua, a consideração e o respeito deixam de fazer parte da ação benéfica conquistada, pois existem pessoas necessitadas de bengalas espirituais permanentes e não fixa nas suas próprias lembranças a grandeza de ter recebido uma graça, o ato emocional não se restringe ou se acaba ao dizer mecanicamente “Deus lhe Pague”. A ajuda não é evolutiva para aqueles que sentem carência de tudo, pois em sua cabeça impera o ato de pedir, fazendo com que suas emoções positivas sejam jogadas na lata de lixo.
Devemos ter a consciência de que ao fazer o bem aos outros, estamos fazendo indiretamente para nós mesmos. Os riscos dos nossos atos são de nossa exclusividade e não devemos culpar aos outros se alguma coisa em forma de gratidão não der certo.
A maioria das pessoas está dosando demais os seus desafios e ao fazer isso, limita a sua própria capacidade de assumir desafios e desperdiça a maior força que a vida nos dá: que é o poder de superação individual.
Wilson Carlos Fuáh – é Economista, Especialista em Administração Financeira e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso.
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