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Sem Carnaval, pelo menos por enquanto

Nelson Soares Junior é vice-presidente da CDL Cuiabá e diretor-executivo do Sindipetróleo Mato Grosso
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Nossa maior referência das folias de Momo já sinalizou que, neste ano, as festas estão suspensas e que poderão acontecer no mês de julho. Acredito que, em virtude do aumento dos casos da pandemia, devemos seguir o exemplo do Rio de Janeiro.

Épocas de feriados e de atividades que provocam aglomerações, por menores que sejam, demonstraram o resultado semanas depois de terem acontecido. Mais mortes, mais infectados e mais internações.

Carnaval não é feriado, é dia útil, mas por tradição – e acredito que tradição seja a parte mais importante na construção da identidade cultural de um povo – no Brasil, onde a grande maioria das empresas não trabalha, promove-se um período de quatro dias de inatividade, impactando nos resultados dos meses de fevereiro, ano após ano. Esse impacto já é alocado em todos os planejamentos e previsões, tanto na esfera pública como na privada.

Porém, este ano a pandemia nos faz refletir com mais profundidade sobre as possíveis consequências, principalmente, daquilo que podemos evitar.

Governos municipais e o governo do Estado, juntamente com os poderes legislativo (Assembleia e Câmaras) e judiciário devem analisar seus posicionamentos em relação à interrupção das atividades no período de Carnaval deste ano.

Ao não decretarem ponto facultativo, nossas instituições públicas colaboram de forma significativa para que permaneçamos ocupados e protegidos, evitando aumentar ainda mais os casos de contaminação.

Da mesma forma, não há sentido em a FEBRABAN e os sistemas de Cooperativas de Crédito se posicionar inertes e não abrirem suas agências.

O segmento empresarial está pronto para trabalhar normalmente, principalmente pelo período de desaquecimento no qual convive e pelo esforço em manter os postos de trabalho no duro combate ao desemprego, aumentado pela pandemia.

Vamos cuidar de nós agora, Carnaval brincamos depois.

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