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Saúde…

Anderson Maciel Ciriaco
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Pensei e repensei muito neste último ano para tratar sobre o tema, haja visto, eu ser parte interessada, pois assim como centenas de amigos estamos com valores a receber do Hospital Regional de Sinop, devido ao não pagamento por parte do Governo do Estado de Mato Grosso, todavia, alguns posicionamentos que fiz quanto a gestão em rede social, tornaram-se pauta, assim, escrevo aqui publicamente minha opinião sobre o tema: “Saúde Pública que temos hoje.”

Chega a ser clichê nas campanhas eleitorais as promessas para com a saúde pública, todos os candidatos a majoritária esbravejam promessas para com a área e é sem dúvidas a área mais cobrado pela população, infelizmente, na prática, aqui no Mato Grosso vemos uma total incapacidade de gestão no governo que se findará em dezembro próximo, especialmente pela intransigência deste que é o 4º secretário a ocupar esta cadeira na administração Taques, o senhor Luiz Soares.

É importante salientar que o Sistema Único de Saúde, o SUS, foi criado pela Constituição de 1988, a fim de garantir atendimento universal para todos os brasileiros na rede pública e tem gestão e recursos compartilhados entre União, estados e municípios.

Pois bem, na prática aqui em Sinop (e acredito que em boa parte do nosso Mato Grosso), a realidade é de uma sobrecarga desenfreada sobre o município, que vem pagando uma conta alta. Sinop vem investindo, em média, de 30% da sua arrecadação no setor da saúde, quando o teto base das cidades é de 15%, o que não seria problema se o investimento fosse na atenção básica, na ampliação de equipes de saúde da família, enfim, na prevenção, porém os gastos hoje são para cobrir média/alta complexidade, o que é de responsabilidade do Estado.

Para termos uma noção visual disto tudo, basta ir na UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que segundo a administração da unidade, conta hoje com 54 pessoas internadas, precisando de atendimento especializado e o Hospital Regional, por não dispor de condições técnicas (os repasses para gestão estão atrasados), não aceita a transferência dos pacientes. É importante frisar que o Ministério da Saúde determina através de portaria de regulamentação, que as UPA’s só podem manter paciente internado por, no máximo, 24 horas, onde a unidade deve funcionar como uma retaguarda da saúde básica para depois referenciar os pacientes para unidades de alta complexidade, conforme a necessidade. No nosso caso referenciar ao Hospital Regional.

Contribuindo com as informações acima, estive no início deste mês em reunião do Conselho Municipal de Saúde, qual faço parte e lá tivemos acesso a informação de que em 2018 o Governo Federal já repassou ao município algo em torno de R$ 13 milhões de reais, enquanto o Estado repassou pouco mais de R$ 1 milhão de reais e que esse número em 2017 não chegou a R$ 700 mil reais, mais um dado para computar na omissão do Estado para com Sinop.

O certo é que toda essa inércia traz danos irreparáveis as vidas das pessoas (vidas estão sendo ceifadas), e toda essa omissão de socorro deve ser responsabilizada, doa a quem doer.

Por fim, registro a minha esperança de que o próximo gestor faça sua gestão com eficiência e, principalmente, invista o dinheiro público com qualidade, cumprindo o seu papel estratégico dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

Que Deus nos abençoe!

Anderson Maciel Ciriaco – funcionário de hospital em Sinop

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