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Recursos humanos, a prioridade

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Enquanto a montanha russa do mercado financeiro tira o fôlego dos investidores, o cenário econômico que afeta o dia-a-dia do brasileiro dá sinais de que vai bem, obrigado. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) registrou melhora em diversos indicadores sociais, tais como renda, trabalho com carteira assinada, percentual da população com mais de 10 anos de estudo e, por fim, a taxa de alfabetizados.

A Pnad mostra que a inclusão social dos brasileiros está se dando pela porta da frente. Qual melhor exemplo do que o que segue? Entre 2006 e 2007, mais de dois milhões de casas passaram a ter computador com acesso à internet. Se bem utilizada, a internet é fonte de cultura e conhecimento. Para se ater ao site do CIEE, os cursos gratuitos somam 22 opções de preparação para o mundo do trabalho e podem ser feitos tanto por um candidato a estágio da capital paulista quanto por um morador do interior do Amazonas.

O avanço social e econômico, aliado à queda de fronteiras resultante da globalização, colocará o País frente a um novo desafio, apontado por Nils Kastberg, diretor da Unicef na América Latina: “O Brasil, décima potência econômica mundial, precisa ter como objetivo ser também a décima potência quanto a seus recursos humanos. Hoje, está muito longe disso”. Ou seja, quando o país deixar a série B – para manter as metáforas futebolísticas que tanto agradam ao nosso presidente –, o nível da concorrência também será outro e as exigências de qualidade do trabalho, também. Por exemplo, há poucos meses, instalou-se em São Paulo a Ubisoft, produtora multinacional de jogos eletrônicos de última geração. Em entrevistas dadas por seu presidente, fica clara a intenção de se criar uma massa crítica de bons programadores, com planos de chegar a 200 funcionários nos próximos quatro anos. Também está implícito que, se nesse período o investimento não produzir os resultados esperados, não será surpresa se a empresa procurarem novos ares. Vale lembrar que, por resultados, entende-se o mesmo rendimento dos profissionais que atuam nas unidades da Ubisoft instaladas no Canadá, na China e no Leste Europeu – três parâmetros de alto desempenho.

É hora de uma vez mais acender a luz amarela, válida para praticamente todos os setores que estão funcionando como locomotiva de nova arrancada e os que têm potencial para tanto. Ainda mantido o exemplo anterior, a indústria de jogos eletrônicos existe há mais de quatro décadas e, por aqui, um balanço da associação de produtoras de games indica que, em julho, apenas 560 profissionais estavam empregados em pouco mais de 40 organizações. O fantasma apontado por Nils Kastberg bate à nossa porta. O país precisa priorizar a formação de recursos humanos e para isso não há melhor estratégia do que incentivar todas as modalidades eficientes de capacitação e qualificação profissional, entre as quais se destaca o estágio, que prepara os estudantes na exata medida do mercado. Não podemos esquecer que a nova economia tem o ritmo da juventude. Aqui e agora, a questão é acelerar os estudantes.

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, da Academia Paulista de História – APH e diretor da Fiesp.

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