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Reaja Nortão !

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A ministra Marina Silva, disse em depoimento levado ao ar em rede Nacional, semana passada, que a presença de uma força da Policia Federal no norte do estado de Mato Grosso, seria para coibir a ação dos “BANDIDOS”, que insistem em destruir a Floresta Amazônica Mato-grossense.

A tropa da PF já está na região, esta semana com apoio dos técnicos do Ibama helicópteros do exército brasileiro e soldados, iniciarão mais uma operação que como as anteriores, recebeu um nome à altura da sua dimensão: Operação Arco do Fogo, sempre acompanhada pela mídia global e divulgada mundo a fora, com a dose de sensacionalismo que também caracterizaram as anteriores.
Mais de Um Milhão de Reais em multas já foram aplicados somente na preparação da operação, em empresas da região. Empresas fechadas, trabalhadores desempregados, incerteza, medo, revolta.
Esta tem sido a melhor política ambiental que o MM Ambiente tem conseguido promover na região considerada Amazônia Legal, e que as pessoas esclarecidas sabem muito bem, que na verdade nem Amazônia é, pois a floresta Amazônica é uma floresta Equatorial, úmida, e aqui não temos esta característica climática e florestal. Somos na verdade, um mixto de cerrado e mata de transição. Mas este é apenas um detalhe, assim como são apenas detalhes todo o caos econômico e social que estas operações policiais midiáticas deixam após passarem pelas cidades do Norte.

Apenas detalhes, que não importam divulgar, nem aqui, nem no exterior, de que esta região foi colonizada por pessoas vindas de distantes regiões do país, a convite e com os incentivos dos governos da época, e à décadas, aqui se estabeleceram, desbravaram estes sertões bravios, plantaram cidades, escolas,industrias, fábricas rurais de produção de alimentos, universidades, igrejas, entidades sociais, lares, famílias. As mesmas famílias que hoje são niveladas por baixo, no vocabulário da ministra Marina Silva, como os Bandidos a quem cabe a atuação da lei e do poder coercitivo deste governo autoritário e ideológico, que não tem a consciência e a competência para implantar outro tipo de política ambiental para proteger as florestas do país. Apenas a força de leis, em forma de medidas provisórias, injustas e equivocadas, que nascem principalmente de mentes ideologicamente preconceituosas e alheias à realidade social de nossa região, incapazes de avaliar as conseqüências de suas medidas desprovidas de inteligência e bom senso, fundamentadas em cima de dados manipulados, distorcidos, pois a própria fiscalização admite erros de cerca de 80% a menos, na dimensão dos dados divulgados pelo INPE. Dados propositalmente fabricados por órgãos que deveriam servir ao país e ao povo, e não aos que se servem do país e do povo, para; já que não implantaram seus modelos político-ideológicos de governo, pelo menos, impedirem que o “Demônio Capitalista”, por aqui, se estabeleça. E em meio a tudo isto, fica o povo que habita e tenta trabalhar e sobreviver nesta região. Centenas de milhares de pessoas, à mercê dos caprichos desta turma, que hoje, esta incrustada nos Ministérios, nas Autarquias, nas Secretarias e Agências Governamentais, nas Universidades Federais e Estaduais, que se alimentam do pão produzido pelo Capital que insistem em destruir, desde que seus bolsos e suas barrigas estejam cheios. Além das milhares de ONGs, mantidas pelo capital externo e recursos públicos federais, para isto sempre disponíveis, e liberados de forma quase sempre irregulares, como tem atestado as denuncias semanais feitas na Imprensa Nacional.
Ninguém nega que é necessário preservar. E nós, empresários, produtores rurais, madeireiros, e cidadãos do Norte, já fazemos isto à décadas. Por que a Ministra e seus secretários executivos, (Todos ligados a ONGs Internacionais), assim como as hienas vaidosas da intelectualidade local nunca mencionam em cadeia global nas suas entrevistas apoteóticas e em seus artigos cheios de ranço esquerdóide de um comunismo fracassado mundo a fora,, os números de nosso ATIVO Ambiental ? Apenas falam de boca (e barriga) cheia, de dados manipulados de um passivo ambiental mínimo, que podemos regularizar com políticas inteligentes e recursos disponíveis e que ninguém aqui e no resto do mundo, tem moral para nos cobrar. Por quê?
Quer saber a resposta? Por que não teriam como justificar suas ideologias políticas, travestidas de ambientais, de cunho messiânicas. É isto mesmo, a Exc. Sra. Ministra Marina Silva, acredita-se como sendo uma messias divina, com a missão de salvar a Amazônia da ambição dos grandes latifundiários e empresários gananciosos do sistema capitalista vigente no país.E nesta cruzada missionária, cheia de argumentos ideológicos, de uma utopia romântica e irracional, encontra eco e faz seguidores mundo a afora, e até mesmo entre aqueles que se alimentam deste mesmo capital que condenam, aqui em nossa região e em nossas cidades.

E já que falamos em messias e missionários, hipócritas e mal informados, também vou dar um de profeta e profetizar o que irá correr: Caso este governo não adote uma política ambiental justa e inteligente que seja aplicada com um mínimo de coerência e senso de justiça, caso continue a pressionar e a coagir a população que vive e tenta trabalhar nesta região, impedindo o desenvolvimento e instalando o caos social; irão cada vez mais provocar a revolta e o desespero, a fome e a miséria, a violência e a criminalidade e a própria interiorização do desmate e numa destas secas de seis meses que caracterizam nosso clima, alguém, movido pelo mesmo revanchismo e ódio ideológico dos que apertam o torniquete em seus pescoços, irá acender um palito de fósforos e criar a Aliança do Fogo, (a mais nova ONG do país), fazendo da “Amazônia Ilegal” onde vivemos, a maior fogueira que o mundo já viu. Com direito a cobertura exclusiva e transmissão ao vivo pela rede global de ilusões midiáticas. Guarde este artigo, embora eu torça para que isto jamais ocorra, pois ainda acredito que existam neste país, homens de coragem e bom senso, apesar de crer também em gnomos , políticos honestos e comunas coerentes.

Clayton Arantes é liderança rural e acadêmico de jornalismo em Sinop
[email protected]

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