É natal, tempo de alegria, de festas, de comemorações, de celebrações mundanas, com comilanças, consumismo, bebedeiras, muitos acidentes, mortes e sofrimento. Esses aspectos materiais ao longo das últimas décadas ou século acabaram subsituindo o verdadeiro sentido do natal que é a comemoração do nascimento de Cristo, quando Deus se fez humano e, segundo a fé cristã, redimiu todos os pecadores.
De acordo com a simbologia cristã, ao escolher a pobreza e uma família humilde para receber sua forma humana, Deus chama a nossa atenção para a importância do amor ao próximo, da solidariedade, da caridade, da ética e do respeito a todas as diferenças e diversidades como formas superiores de relacionamento humano. Este chamamento é extensivo a todas as pessoas, independente de credo religioso, filosifia de vida ou as preferências políticas, ideológicas, sexuais e partidárias, raça ou cor da pele, razão pela qual devemos nos comprometer a fazer, não apenas no natal mas ao longo do ano todo e também por todos os anos, da solidariedade e do respeito ao ser humano nossas bandeiras e mapa para trilharmos as veredas da justiça e do desenvolvimento.
Quando estivermos comemorando o natal, não podemos nos esquecer de milhões de pessoas que talvez ou com certeza não poderão comemorar esta data magna da cristandade por estarem acamadas em um leito de hospital, em uma prisão, em um asilo ou em alguma cracolândia que se multiplicam pelo Brasil e mundo afora ou mesmo excluidas dos bens de consumo devido `a pobreza e miséria a que foram e estão submetidas. Precisamos voltar também nossos pensamentos e atenção para inúmeras regiões pelo mundo afora que estão em conflito e muita violencia,guerras e crimeshediondos, que possamos pedir a Deus que se apiedade dessas pessoas e que a paz possa voltar a reinar nesses países.
Precisamos voltar também nossos pensamentos e nossas orações para profissionais que estão de plantão como nos hospitais, guardas penitenciários, bombeiros ou policiais ou outros professionais que não podem estar com suas famílias e amigos/as para celebrarem o verdeiro espírito natalino.
Oxalá, possamos dedicar pelo menos um minuto para refletir sobre como o mundo, nosso país, nosso Estado e nossa cidade poderiam ser melhores se as pessoas realmente fizesem do amor e da solidariedade uma norma de vida e, inspiradas por esses dois sentimentos pudessem contribuir para reduzir cada vez mais o fosso que separa as pessoas, como a desigualdade, a discriminação, o raciscmo, a violencia, a ganância e a falta de ética nas relações políticas, econômicas e sociais.
Que o natal nos inspire a nutrir a esperança de um mundo mais justo, mais harmônico , enfim, um mundo melhor. Mais do que a troca de presentes ou bens materiais o que importa e termos o natal dentro de nossos corações Se assim fizermos estaremos comemorando de forma dígna o espírito natalino.
Juacy da Silval, professor universitário, titular e aposentado UFMT
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