Em outubro de 2010 vivenciamos algo inusitado na politica do mato-grossense e brasileira. No dia da eleição, ao votar, constatamos que a inversão da primeira suplência do senado não havia sido corrigida, pois acreditávamos na palavra do então candidato a senador Pedro Taques e de seu advogado Paulo Taques, bem como em todos os dirigentes partidários que participaram da coligação que era um erro material.
Passamos um e-mail para o advogado dois dias depois da eleição cobrando a correção. aguardando respostas fomos ao TRE-Tribunal Regional Eleitoral, e constatamos uma grosseira fraude, sim uma grosseira fraude.
Copiamos todo o processo e fomos falar com o senador eleito Pedro Taques que teve a mesma reação que nós, e ainda não encontrando também as suas rubricas nas folhas substituídas e alteradas.
Foram dois meses de muita luta para tentar restabelecer a verdade e de pronto Otaviano Pivetta, Jose Roberto Stopa, Valtenir Pereira, Mauro Mendes, Jose Carlos Dorte assinaram uma ata para novamente corrigir o suposto erro material da inversão.
Passamos todo esse tempo em Cuiabá correndo atrás, para que Percival Muniz e Jose Medeiros assinassem, mas recusavam até que um dia sobre pressão de todos, no escritório do Mauro Mendes, Percival Muniz assinou sob protesto e dizendo que a executiva nacional do PPS não autorizaria o José Medeiros assinar.
Tentamos de todas as formas resolver, inclusive com esforço e a pedido do senador eleito Pedro Taques, com paciência aguardamos ainda mais .
Nessa altura estava pronta uma ação contra a diplomação do José Medeiros, incluindo um laudo pericial criminal, com provas da grosseira fraude.
Passamos a pressionar Pedro taques que por sua vez pressionou Percival Muniz e José Medeiros, convocando para uma reunião no seu escritório no dia 03 de dezembro de 2010.
Convocou também todos os integrantes da coligação e os eleitos Zeca Viana, que não compareceu, Luciana Bezerra que veio acompanhada do seu marido Oscar Bezerra.
Vieram também Eduardo Moura , Mauro Mendes e quase toda a executiva estadual do PPS.
A certa altura da reunião enquanto esperávamos, Percival Muniz informou que o José Medeiros não viria. (igual a tantas outras vezes)
Se não viria, não havia porque esperar. Então apresentamos o laudo pericial criminal com a grosseira fraude e falsificação das assinaturas bem como foi à montagem da ata falsificada.
Tumultuando a reunião, Percival saiu da sala e não mais retornou, mas alguns minutos depois chegou o José Medeiros.
O tumulto aumentou, pois começou uma discussão entre José Medeiros e Oscar Bezerra , quando Mauro Mendes e eu saímos da sala.
José Medeiros acabou assinando no dia 03 de dezembro de 2010, sexta-feira, as 11h00min da manhã, reconhecendo Paulo Fiuza como primeiro suplente.
Dois dias depois foi para imprensa dizendo que o grupo de Fiuza ( Stopa e Março Aurélio), o havia ameaçado de morte, querendo chamar a atenção para ele e ainda expondo toda sua família em entrevista coletiva, para algo que não existiu, mas isso é praxe dele, pois quando sua casa foi invadida pela policia federal para busca e apreensão de documentos , segundo informações de contrabando e formação de quadrilha , fez o mesmo indo para a imprensa, etc.etc., isso são suas próprias declarações em sites na época.
Manchetes, primeiras paginas de jornais e sites.
Alguns dias depois entrei na justiça com uma interpelação judicial criminal para ele indicar quem o ameaçou.
Homem da lei, policial rodoviário federal, dizendo-se primeiro suplente do senado, porque foge até hoje dos oficiais de justiça que tentam cita-lo. (poderão ver no processo, são mais de 10 precatórias).
Por quê? , não houve ameaças, está acostumado a fazer isso? Não tem como justificar? , gosta de criar polemicas? , ou está esperando prescrever?
E até hoje não foi intimado. (1611 dias) (juizado especial criminal unificado em Cuiabá, código 81051, processo 4989/2010 de 09 de dezembro de 2010).
Essa interpelaçã0 criminal está pendente até hoje por falta de intimação, pois continua fugindo dos oficiais de justiça.
Quanto a fugir de oficial de justiça, creio já ser comum, pois na ação declaratória de nulidade da ata falsificada grosseiramente, foi à mesma coisa.
Mas desta vez fomos ao cartório eleitoral em Rondonópolis, onde estava a carta precatória para intima-lo.
Constatamos as diversas tentativas do oficial de justiça em intimar, no seu endereço residencial, profissional e nos diversos postos de fiscalização da PRF – Polícia Rodoviária Federal sem que lograsse êxito na intimação.
Acompanhado do nosso advogado fizeram diversas diligências infrutíferas, mas recorremos à juíza eleitoral de Rondonópolis, que concedeu o nosso pedido de cita-lo por hora certa, aí em menos de 24 horas ele apareceu para receber a citação.
Mas convém lembrar que o ação anulatória da ata falsificada também não acabou e nesse momento se encontra no TSE – Tribunal Superior Eleitoral em Brasília – DF.
Ressaltamos ainda que na superintendência da policia federal em Cuiabá tem um procedimentos investigatório de crime eleitoral. (protocolo em 23/10/2014 siapro sr/dpf/mt sob numero 08320.018913/2014-85)
Bem como na procuradoria regional eleitoral – MPF, pedido de instauração de inquérito policial para apurar crime eleitoral. (protocolo em 23/10/2014 – 10:24: 33 hrs. sob numero pr-mt-00038329/2014).
Paulo Fiuza é empresário em Sinop