Ao contrário do que o título possa sugerir, não vou passar aqui nenhuma receita para quem se considera acima do peso, mas não abre mão dos prazeres da carne (Sic).
Porcão é a alcunha de Antonio Joliveira dos Santos, cidadão sinopense filiado ao PDT e que por conta dos 700 votos da última eleição, conseguiu a primeira suplência da frentinha (PTB, PDT, PL) e agora, assume por 60 dias uma vaga no legislativo, uma vez que a titular Cleuza Navarini está licenciada por questão de saúde.
Nunca o dito popular, “O tempo é senhor da razão”, fez tanto sentido.
Em julho do ano passado, Porcão deu entrevista a um jornal de circulação regional fazendo críticas à atuação dos vereadores.
A declaração mais polêmica foi, “Os vereadores, na sua maioria, para votar um projeto exigem um carro novo. Se for reformado, não aceitam”.
A reação foi imediata.
Com base no artigo 27 da Lei Orgânica Municipal, os vereadores aprovaram voto de censura que culminou com sua exoneração do cargo de Coordenador de Esportes do município.
Arrefecidos os ânimos, Porcão desapareceu. Tido como morto politicamente, ele aparece como a Fênix que ressurge das cinzas, mas agora, na versão light.
Em seu discurso de posse falou pausadamente, como que a medir o efeito de suas palavras junto aos demais pares.
Inexperiente, talvez; Bobo, jamais.
Se antes suas palavras podiam gerar processos; agora podem lhe custar o mandato.
Clayton Cruz é jornalista em Sinop