O Brasil de 20 anos atrás parece estar sendo enterrado quando se fala em atuação da Policia Federal contra o crime organizado ,que é constituído em todas as esferas da sociedade, várias operações para fechar o cerco contra crimes das mais variadas categorias estão em andamento, todos esses crimes tem em seu estagio final um maior objetivo, o enriquecimento rápido e fácil dos criminosos, as ações da PF que hoje atinge pessoas comuns da sociedade, funcionários públicos e políticos de todas as esferas governamentais, causa muitas vezes indignação em partes da sociedade que ao ver em meio aos presos pessoas que até então tinham uma biografia limpa e acima de qualquer suspeita , o que é compreensível pela ligação próxima dessas pessoas com a população, alguns chegam a fazer defesas dramáticas em nome daqueles que foram presos ou estão sendo investigados. Mas o que é melhor para a sociedade?
A Policia atuante e investigativa ou uma policia conivente e obediente aos interesses de alguns ? A história nos remete a reflexão, desde a época de Cabral na busca da terra prometida chamada Brasil já havia interesses ocultos da burguesia na busca das riquezas naturais da terra, essa terra enriqueceu milhares de burgueses europeus que vendo facilidades na troca de produtos de ínfimo valor por grandes volumes de terras e minérios(ouro,diamante), arrematavam tudo que viam pela frente, ao longo dos tempos a sociedade foi se organizando, passando da derrubada da escravidão velada de negros e índios até as leis severas contra os crime organizado que temos até então, por que voltar na história para falar do que estamos todos vendo no presente, isso é necessário para entendermos a indignação de partes da sociedade com as recentes prisões de políticos, funcionários públicos e pessoas da alta sociedade em todos os quatro cantos do país onde esta havendo operações não só da Policia Federal, mas também da Policia Civil, operações essas que atingem organizações criminosas que atuam a vários anos e que tem grande poder econômico e com tramite facilitado nas esferas judiciárias , usando todas as brechas legais da lei a seu favor.
Valendo aquela velha máxima que a policia investiga e prende e a justiça solta, a prisão é baseada na lei e a soltura também é baseada na lei, sendo assim a lei que muitas vezes é interpretada de várias formas por juízes diferentes é condicionada a falhas tanto para lado certo quanto para o lado errado, exemplos vemos todos os dias sendo divulgado pela mídia nacional, causando revolta de muitos e por outro lado alivio de outros muitos. Hoje podemos dizer que a Polícia investigativa do Brasil que engloba a Polícia Federal e também a Polícia Civil esta mais aparelhada e atuando de forma mais independente quando o assunto é crimes de organizações criminosas, o que justifica vermos hoje pessoas que até então apresentavam biografias inquestionáveis, sendo apresentadas para a sociedade como partes de organizações criminosas.
A sociedade tem que apoiar todas as investigações em curso e provadas as acusações todos e todas as acusadas tem que ser punidos na forma da lei devolvendo a sociedade o prejuízo causado, a presunção de inocência tem que ser respeitada , o julgamento tem que ser feito por aqueles que são pagos e bem pagos para isso, a indignação com prisões de pessoas da alta sociedade só é valida quando provado a inocência verifica-se o abuso ou erro das investigações policiais. Defender as ações da Policia contra o crime organizado é nossa obrigação como cidadãos e cidadãs de bem, tentar desqualificar provas incontestáveis, atacar a policia, marchar contra a lei só enfraquece a democracia que foi conquistada com muito sangue e mortes .
Culpados ou inocentes? Em todos os casos que estão em andamento há culpados e pode haver inocentes , isso só vamos saber quando todas as tentativas de protelação de julgamento forem derrubadas pela justiça , até lá, até esse momento chegar, temos que confiar nas investigações sérias e sem pressões feitas por uma das instituições mais éticas e respeitadas do mundo, a POLÍCIA FEDERAL DO BRASIL.
Ricardo Anzil – Lucas do Rio Verde