Manifesto-me em caráter pessoal sobre a questão, retirada do Estado do Mato Grosso da Amazônia Legal. Considerando a experiência adquirida ao longo de mais de uma década de luta pela conquista da conclusão da BR 163, tivemos a oportunidade de nos relacionar com todos os seguimentos da sociedade, mas neste contexto especificamente, com as ONGs mais atuantes em nível Internacional.
Se avanços foram conquistados, devem-se às incansáveis argumentações em nível diplomático que foram externadas, entendemos, que a proposta em questão, é inoportuna, inconseqüente, insustentável e, acima de tudo, prejudicial aos avanços conquistados a duras penas. Sem demérito a quem quer que seja, quero deixar muito claro, a forma pela qual vejo esta questão, tal qual, a uma “roleta russa com seis carthuchos no tambor” é previsível o resultado. Esta afirmativa, tem como base os desdobramentos com inegáveis conseqüências negativas que advirão, ao transitar os caminhos que objetivam o resultado da proposta.
Sinop mais uma vez, quer apresentar um ‘rei nú’, me perdoe a sociedade maravilhosa deste município, agora, alguns políticos, e Sorriso não é diferente, são de uma inteligência prodigiosa. Quero publicamente, questionar qual foi a contribuição dos gestores do orçamento público de Sinop, para com a única instituição, que tem lutado diuturnamente e, incansavelmente pela conclusão da BR-163? Neste contexto, não é justo contabilizar, as reuniões políticas partidárias, com mobilização e utilização de viaturas e aeronaves as custas de alguém, aliás, eles são especialistas nesta área.
Quanto a retirada do Estado da Amazônia Legal, creio ter sido bastante claro. Para os que conhecem a geografia do Estado em questão, certamente, concluirão tanto quanto nós, o divisor das águas da bacia do Prata com a bacia Amazônica, localiza-se próximo ao Posto Gil, portanto, trata-se de marco geográfico com alguma dificuldade de se promover alterações. É preciso ter muito cuidado com a idéia afoita de horizontalizar. As circunstâncias com as quais temos que conviver, indicam com muita cristalinidade que, faz-se necessário, acima de capital financeiro, aglutinar o capital intelectual, para as articular e, promoção de planejamento estratégico com vistas à verticalização com geração de oportunidades e distribuição da renda. Nós, habitantes desta província desenvolvimentista, temos o privilégio e a prerrogativa de utilizarmos o apelo Amazônico como marketing, obtendo inúmeros benefícios, mas principalmente, o indispensável sustentáculo, garantirmos com longevidade o mercado comprador em nível mundial.
Desenvolvimento com Humanização e Sustentabilidade é a dinâmica do mundo dos novos tempos.
Jorge Antonio Baldo é presidente do COmitê Pró-BR163, sediado em Sorriso