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Pequenos empréstimos, bons negócios

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O efeito multiplicador de uma concessão de microcrédito pode ser considerado como um dos pontos mais importantes para a economia e para o desenvolvimento social de uma localidade. Afinal, não precisa esperar a médio ou a longo prazos seus efeitos, que podem trazer impactos positivos nos primeiros meses de uso dos recursos, que inclusive ajuda na redução da informalidade.

Um pensamento extraído de uma publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) nos conduz a boas reflexões em relação a importância do microcrédito: "um pequeno empréstimo pode mudar a vida de uma família. Vários podem fortalecer a comunidade. Milhares podem transformar uma economia inteira". Nem sempre uma pessoa tem acesso aos sistemas financeiros tradicionais para tomar empréstimos e via este sistema surge uma alternativa interessante.

Atualmente, há inúmeros bancos solidários em todo o mundo que atuam via microfinanças sustentáveis. Muitos deles estão ligados à rede Accion International. Trata-se de uma organização privada, sem finalidade lucrativa, com a missão de proporcionar ferramentas às pessoas que necessitam sair da pobreza, via facilidades de acesso a fontes de microcréditos e capacitação empresarial. Estes bancos estão presentes inclusive na América Latina e têm contribuído na ajuda aos excluídos, possibilitando a muitos ascenderem com dignidade na pirâmide social.

O Banco Ademi, da República Dominicana, é uma destas instituições ligadas à Accion, que oferece produtos e serviços de qualidade e com atenção especial aos negócios de micro, pequeno, e médio empreendedores. Seu comprometimento é com o desenvolvimento local, investindo nos valores fundamentais da comunidade.

Microcrédito focado no financiamento de empreendedores de baixa renda surge, portanto, como uma forma de incentivo para alavancar pequenos negócios, por não exigir garantias reais e facilitar capital de giro e investimentos. Vale lembrar a experiência, neste sentido, de Muhammad Yunus, fundador do Banco Grameen, que iniciou em Bangladesh, na década de 70, as primeiras experiências em oferecer empréstimos para microempreendedores, principalmente mulheres da área rural, que viviam na linha da pobreza e até abaixo dela. Pelo desenvolvimento e implementação dos microcréditos e o sucesso da iniciativa, ele já recebeu os Prêmios Nobel da Economia e da Paz. Vale conhecer sua história.

Mato Grosso tem experiências fantásticas neste campo. O Governo do Estado, através da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia, por intermédio da Agência de Fomento de Mato Grosso – MT Fomento, tem linha de microcrédito criada para atender exatamente uma faixa de pessoas que necessitam de pequenos empréstimos para tocarem seus negócios.

Nessa semana foram divulgados alguns números interessantes da MT Fomento, na mídia, a exemplo do incremento de quase 40% no número de tomadores de empréstimos nesta linha. Os números registrados em 2010 foram de 1.140 mil operações. É considerado como microcrédito valores emprestados abaixo de R$ 10 mil.

Tem muitos empreendedores de baixa renda reformando suas dependências, comprando equipamentos, se qualificando e modificando suas vidas através do microcrédito, que tem juros baixos e maior carência. Uma ótima iniciativa para quem quer encontrar novas oportunidades em 2011 e não tem grandes recursos para investir, é também tornar-se empreendedor individual, há recursos e capacitação, sendo oferecidas, para tornar o sonho uma realidade. O ano só está começando e há muito o que se conquistar.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT

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