"' 'Narciso' acha feio o que não é espelho."
Está se comentando bastante nas mídias sociais, que há um excesso de divulgação dos atos iniciais do novo Governo em Mato Grosso. E parece que há mesmo. Muitos sites do estado, tido como dos mais sérios e imparciais, parece se render a essa divulgação em demasia, meio que hipnotizados pela "disposição" da nova equipe, que já de início, chamou para si essa atenção. – "Pára Pedro, Pedro pára. Pára Pedro, Pedro pára. Pedro pára, pára Pedro. Esse Pedro é uma parada…"
Mas é bom também lembrar que é hora de colocar os pingos nos "ís" e começar todo mundo a refletir mais, antes de sair divulgando qualquer notícia sobre os novos atores do CPA mato-grossense, ou vai cair na falta de credibilidade e perda de público. Ou não? Certamente a resposta é um ruidoso e sonoro sim. Por isso, caldo de galinha e cautela não faz mal a ninguém. Pois bem, assim, cautela já! Pois o povo quer ver mais ação e não só fotos em exibições de slides.
Ora, a mídia não pode servir como o “espelho de Narciso”, neste momento e nem nunca. Ela (a mídia) tem que ser séria, livre, verdadeira, imparcial, acessível, coerente e crítica sim. Mas sem nunca exorbitar a ponto de considerar todos os atos de "Narciso", como a mais perfeita obra de arte… Do contrário também não é nada inteligente.
A mídia tem que ter noção clara do seu dever e obrigação e compromisso com a verdade, com a seriedade das suas matérias, para bem informar o seu público que confia nas informações por ela divulgadas. Ora, nos meios de comunicação, há que ser mostrado, além das boas notícias e boas ações, também as falhas que houver ou que vão acontecer, sem dúvida.
Também a corrupção se houver, não deverá ser poupado o esforço em estampá-la nas suas páginas. Mas sempre priorizando a verdade e a confiabilidade do que se divulga. Pois a mentira e invencionices também são inaceitáveis, e repudiável, pois ela muito batida, pode tomar proporções de verdade e destroçar a imagem e reputação de gente simples e honesta também.
E, até mesmo os excessos de zelo não podem ser perdidos. Pois são tão prejudiciais, quanto os desleixos. Como? Não permitindo a normalidade da dinâmica da máquina administrativa. Mas tudo sempre na medida tolerável… Sem excessos, nem de açúcar ou de pimenta.
Todavia, merece destacar que no Governo passado, também muita coisa se notou que a imprensa fez vistas grossas. A realidade da SEMA-MT foi uma delas, que nenhum meio de comunicação se atreveu a tocar com detalhes e nem de forma superficial… Até parece que não afetava a vida de ninguém. Pois parecia que a vida do homem e empresário rural ou do campo, não reflete nada na vida dos homens urbanos. Enganam-se. Pois o prato de comida, o churrasco de cada dia, os materiais de construções, como a madeira, etc, depende do bom funcionamento do produtor e empreendedores do campo.
E hoje quando se fala do paradeiro do Estado, desemprego, falta de dinheiro para isso ou para aquilo, certamente deve ser lembrado que tudo é reflexo do mau funcionamento da máquina e da SEMA-MT. Mas lembre-se que "''Narciso' acha feio o que não é espelho."
Domingos Sávio Bruno é engenheiro Florestal em Mato Grosso
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