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Os PROS e contras

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Mauro Mendes e Valtenir Pereira nunca se deram bem dentro do PSB, é notório. Mauro sempre teve a convicção de que o seu potencial era muito maior do que o de Valtenir, mas o PSB também sempre teve dono em Mato Grosso. Mauro sabia disso, mas agiu como se não soubesse o tempo todo. Sempre na crista da onda das pesquisas eleitorais, por diversas vezes tentou isolar Valtenir nos processos que antecederam as eleições de 2010 e 2012.

Nessa briga toda, Valtenir só não perdia as rédeas pelo bom relacionamento com Eduardo Campos, mandatário maior do PSB no Brasil. Sempre que se sentia ameaçado, o deputado federal corria até Pernambuco para chorar no colo de Campos. Mas essa relação foi se desgastando, Mauro foi ganhando espaço dentro do partido e Valtenir foi ficando acuado.

Para os aliados políticos, o prefeito de Cuiabá cantava vitória e analisava a virada de jogo que estava aplicando em Valtenir. Passou a correr o interior, conversar com prefeitos, vereadores, se aproximou da deputada estadual Luciene Bezerra. Parecia que tudo caminhava para o surgimento de um novo rei no PSB. Parecia.

Deputado federal de segundo mandato, de bobo Valtenir Pereira só tem a cara. Em uma jogada de mestre, deixou o PSB, onde se tornava refém e coadjuvante, para comandar um novo e promissor partido, o PROS, Partido Republicano da Ordem Social.

Saiu e levou todo mundo. O PROS nasce grande em Mato Grosso. 130 vereadores, 10 vice-prefeitos e 13 prefeitos. A grande maioria veio com Valtenir do PSB. Das 13 prefeituras, por exemplo, 11 eram do PSB, que agora só tem Mauro Mendes como prefeito.

Um duro golpe pra quem julgava estar virando o jogo. Mais uma vez, Mauro perdeu na hora de fazer política. De nada adiantou viajar o estado, oferecer mundos e fundos aos socialistas. Nessa hora, valeu mais o companheirismo e pragmatismo de Valtenir do que as palavras e promessas de Mauro Mendes.

Política 2 x 0 Mauro. Um placar dolorido para quem almeja ser governador de Mato Grosso.

A cada jogada política Mauro se fasta ainda mais do que realmente é: um administrador. A história recente ensina que se dedicar demais no que se sonha e de menos no que se é pode ser fatal. O penúltimo prefeito, muito mais habilidoso na arte de politicar do que Mauro Mendes, sabido que só, está aí para provar.

A hora é de gestão, não de eleição. A hora é de olhar quem chegou agora e quem sempre esteve do lado. Quem é mais importante ouvir? E nós, bom, mesmo com toda sanha, toda façanha, toda picanha, toda campanha. A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando essa manha.

Raoni Ricci é jornalista e cuiabano – [email protected]

 

 

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