Engraçado dizer, mas mestre melhor que os nosso país, não existem. Esse fato é milenar, basta que lembremo-nos de Jesus Cristo. Todavia, saindo um pouco do paternalismo, ou comodidade familiar, vamo-nos ater pelos mestres fora de casa, fora do conforto paterno em que o coração traduz todos os modelos, certos ou errado, de carinho, amor, e outros sentimentos que só Deus pode decifrar.
O mestre tem consigo um “ar” de ansiedade em passar conhecimentos dos quais ele vivenciou, estudou, pesquisou. Não obstante, confabula a esses conhecimentos sua experiência de vida, dentre outros artefatos que les são comensuráveis. Mas…, e daí, quem é que vive passando informações e conhecimentos – aceites minhas desculpas pela metáfora – a eles? Ou melhor, dizendo, passar o quê, a quem sabe demais ou quase tudo? Quem sabe descobrimos juntos!
A realidade é, por vezes, uma sucessão de sucesso bem ou mal sucedida, que vivenciamos, quer queiramos ou não. O fato é que nem sempre estamos preparados para opinar favorável ou desfavorável a despeito do que o momento nos apresenta ou oferece. Entretanto, uma suposta conclusão me parece sensata: aprendemos muito mais com a derrota que com o prazer das vitórias. Aliás, tudo o que nos é previsto, temos a resposta na ponta da língua, mas, quando não a temos… Muito bem, aí é que entra o mestre.
Na minha humilde opinião, o mestre nasce com o louvor, desde a infância, de ter a paciência controlada pelo estímulo da razão. Isso significa dizer, que toda calma é tolerável, tanto par a ensinar quanto para aprender. E eles, os mestre, dizem que é ensinando que se aprende. Oh Deus quem dera eu saber disso.
Na era cristã, José e Maria, ao descuidar de Jesus e saírem correndo a sua procura, de repente depararam com ele – o mestre dos mestres – pregando a palavra de Deus. Eis aí o mistério da aprendizagem, do saber e do ensinar, sem que que o conhecimento tomasse por si, a verdade como fabula de sal certeza absoluta. Todavia, os mestre de hoje pouco sabem que são mestres. Se há alguma semelhança bíblica ou não, a verdade é que eles ainda são pisoteados, humilhados e pouco ouvidos a quem mais lhes haveriam de lhes serem agradecidos, majestosamente.
O verbo ensinar não é fácil de conjugar. Ele apresenta certos tempos coloquiais, que dependem do estado emocional em que se encontra, bem como os valores dos quais ele, quem sabe, herdou. Trata-se de conjugações que os fazem pais, mães, tios avós, irmãos e, mais que tudo isso, amigos daqueles que se comovem com os valores a eles peculiares.
Ainda não consegui entender porque os mestres não sabem, dos por quês, são, ou se tornaram mestres.
Gilson Nunes é jornalista – [email protected] – Cuiabá, 13/02/2020