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Ontem e hoje (parte final)

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Depois de quatro artigos encerro a série em que abordei o desenvolvimento econômico de Mato Grosso nos últimos sete anos. Busquei levar os leitores a uma reflexão sobre a transformação nas políticas de verticalização industrial, nas exportações, na geração de emprego, nas políticas de agregação de valores da nossa riqueza primária e das políticas minerais do Estado. O último artigo da série aborda a atividade terciária de Mato Grosso: o comércio de bens e serviços, e também de outros fatores que impulsionam o crescimento estadual, inclusive a mudança de perfil no campo industrial.

Devido a questões de ordens política e econômica nacional e regional, o setor de comércio e serviços passou por várias oscilações nos últimos anos. Atualmente, entretanto, vive uma situação de aquecimento. De acordo com o último índice do IBGE, as vendas cresceram, neste ano, cerca de 20% em relação ao ano passado. Isso pode ser comemorado, em Mato Grosso, somando-se a outros índices positivos que é o fato do Estado ser o maior gerador de empregos formais do Brasil.

Caso alguém queira legitimar o que estou escrevendo, basta dar uma olhada para as ruas das cidades mato-grossenses para constatar o crescimento econômico de Mato Grosso. Ao todo geramos mais de 400 mil empregos diretos e indiretos nos últimos sete anos.

Há, por toda a parte, reflexos do crescimento econômico em decorrência das políticas de governo. Os números positivos são vistos em diversos segmentos. Em sete anos, nosso Estado teve um aumento de 160% no consumo de energia da área rural, foram 90 mil novas ligações, atendendo mais de 900 mil consumidores. Na área industrial cresceu 89% e comercial, 58%. Para atender as demandas de crescimento, novas unidades hidrelétricas estão em construção em Mato Grosso.

Outro fator positivo, que gostaria de abordar, foi de que mudamos o perfil de produção industrial e mineral do Estado. Reformulamos todas as formas de agregar valores à matéria-prima. Basta dar uma rápida olhada, só não enxerga quem não quer ver, nas condições de nossas estradas. Observarmos as cidades que não possuíam nenhum tipo de infraestrutura energética, nenhuma linha de escoamento para a safra ou produtos e, muito menos uma política definida de agregação de valores para poder competir com outros estados na atração de novas indústrias. Não há como deixar de ser feita uma avaliação positiva, de forma unânime, inclusive entre os postulantes ao governo do nosso Estado.

Tracei um perfil de Mato Grosso e teria elementos para fazer uma série de artigos, mas resolvi encerrar aqui dando só amostras do que representou o processo de mudança econômica estadual. A maior realidade é o que a sociedade vive com a geração de empregos, novas indústrias, linhas de logística tanto de ferrovia, hidrovia, estradas pavimentadas e uma política turística traçada para a construção do Estado nos próximos quatro anos.

Tive a honra de participar desde o início deste processo de desenvolvimento, no qual, temos também política de novas indústrias e isso nos dá uma noção do que Mato Grosso foi ontem. Isso também nos fornece subsídios para traçar um pensamento focado na expansão para o futuro mato-grossense.

Estamos chegando a um momento no qual o destino de Mato Grosso pode estar centrado em atos considerados simples, como apertar botões e confirmar números. Eu vejo que se vislumbra, no período das eleições, um momento ímpar para se escolher o melhor destino para a condução do Estado.

Que o posicionamento dos eleitores, que têm o poder de decidir, não esteja atrelado aos discursos arrogantes, prepotentes e enganadores… Que a decisão não esteja somente em suas mãos, mas também, e principalmente, em suas consciências. Que ao olharem para o futuro de Mato Grosso, em tempo presente, não se esqueçam do passado. Que façam o certo na prática do exercício pleno da democracia. Isso é cidadania.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT

 

 

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