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Ontem e hoje – parte 3

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Entre os séculos XII e XIII as atividades comerciais se reaqueciam em diversas partes da Europa, expandindo no norte da Itália a produção agrícola e manufatureira. Haviam na época dois eixos comerciais considerados como muito importantes, que dominavam o comércio marítimo. Você sabia que, dentro deste contexto, no sul europeu, a bela e romântica cidade de Veneza foi uma das mais ricas, por muitos anos. Se constituía, portanto, no maior centro comercial do Ocidente. O seu comércio exterior era algo fantástico tão fabuloso economicamente que forçou os países ibéricos, Portugal e Espanha a mudarem o mapa do mundo com a descoberta das Américas.

Veneza era a única entrada das especiarias, tecidos, porcelanas e artefatos vindos da China e das Índias, a sua localização no mar Adriático era única ligação do ocidente e do oriente. Então, os ibéricos querendo quebrar e hegemonia do comércio veneziano procuraram outras rotas para as índias, não só chegaram lá como também descobriram as Américas.

Muitos podem estar se perguntando, porque estou citando este fato na contextualização do meu terceiro artigo que fala do potencial mato-grossense? A resposta é simples, pela importância da localidade no mercado externo. Assim como Mato Grosso tem hoje posição estratégica no processo econômico brasileiro, fazendo também sua história destacando-se em nível nacional e internacional. O Brasil exporta para cerca de 191 países e nosso Estado para 160. Ou seja, para quase todas as nações do planeta.

Há sete anos nossas exportações somavam 1,7 bilhão de dólares. No final do ano passado somaram-se U$ 8, 4 bilhões, um crescimento em seis anos de 373%. Uma cifra, em dólares, extraordinária que representa mais de 50% ao ano, sendo que nossa produção primaria em três anos seguidos se manteve a mesma, e nesse mesmo período as exportações cresceram 62 %. Como explicar isso, a resposta também é simples e pode ser definida como agregação de valores. Nossa produção através de políticas de verticalização da produção transformou produtos de 10 a 20% mais valiosos e isso fez com que aumentássemos nossas riquezas.

Todos da nossa terra e os que aqui vivem deveriam ter orgulho dos números citados. A balança comercial do Brasil em 2009 teve um saldo positivo de U$ 25 bilhões. Mato Grosso foi responsável por U$ 8 bilhões, deste montante. Isso representa que 30% de todo superávit do Brasil saiu das terras e dos povos mato-grossenses. Somos responsáveis por 60% das exportações do centro-oeste brasileiro.

Terminamos o ano de 2008 com o 10º lugar entre os estados exportadores e terminamos o ano de 2009 em 6º lugar, atrás apenas das economias mais fortes do Brasil.

Já disse isso em artigos anteriores e volto a repetir: não existe milagre, mas sim políticas estratégicas, com ações também estratégicas, infraestrutura, atração de investimentos, divulgação, fortalecimento, relações internacionais, missões focadas em prospecção de novos mercados, dentre outras etapas importantes que legitimam o desenvolvimento.

Em sete anos, Mato Grosso internacionalizou a sua economia, colocando os produtos produzidos em seu solo, em todos os continentes do planeta. Todos os dias têm pessoas de diferentes nacionalidades sendo alimentadas por produtos produzidos em seus municípios.

Na matemática também não existe mágica, ela é uma ciência exata. Por esta razão concluo que somando-se o que se trabalha com o que se produz, o resultado não poderia ser outro a não ser o crescimento.

Pedro Nadaf é secretário de Estado de Indústria Comércio, Minas e Energia do Estado de Mato Grosso e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc e Senac-MT

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